Euronews, 11/05/2022
Por Jorge Liboreiro
A economia da Ucrânia está a entrar em colapso por causa do impacto da invasão da Rússia.
Um relatório recente da Escola de Economia de Kiev revelou que as perdas diretas e indiretas por causa da guerra variam entre 534 e 598 mil milhões de euros. Os números podem agravar-se à medida que o conflito se arrasta.
Em comparação, o Plano Marshall, liderado pelos EUA, e que tirou a Europa Ocidental da devastação após a Segunda Guerra Mundial tinha um preço original de mais de 12 mil milhões de euros, equivalente a mais de 146 mil milhões de euros a preços correntes.
Com os danos a aumentar em todo o país, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy está a pedir aos países ocidentais que forneçam ao governo mais de quatro mil milhões de euros por mês para pagar serviços essenciais e manter a economia do país à tona.
Todas as atenções estão voltadas para Bruxelas, onde um fundo de recuperação está em andamento. Mas a União Europeia não pode pagar a conta sozinha.
Veja o vídeo acima para conhecer mais detalhes sobre o processo para a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra.
Nota do editor do blog: o programa Land Lease foi um pacote de empréstimos para os países aliados durante a Segunda Guerra Mundial, para que pudessem se armar contra a Alemanha Nazista, contanto que os Estados Unidos ficassem fora da guerra. Mas no mesmo ano, o ataque a Pearl Harbor supostamente mudaria esse cenário, e aquele país aliado, porém não atuante no campo de batalha, passaria a atuar ativa e diretamente, com fundos, equipamento bélicos e homens. Graças aos dirigentes americanos, a guerra perdurou, e a URSS após o final da Segunda Guerra surgiu como uma superpotência, mas não sem antes conseguir mais alguns empréstimos e ajuda (pós-guerra) "humanitária" do bom e velho inimigo americano, aliado no "eixo do bem". Após o governo Roosevelt, Truman assume, e as supostas dissensões entre o bloco soviético e ocidental começam. A URSS manteve seu monopólio e se expandiu mais, e os Estados Unidos ficaram em uma política de contenção, o que mais tarde acabou por ser o pontapé inicial para a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO), uma organização militar supranacional, que busca expandir sua posição militar pelo globo, e também sua influência política por atores econômicos (potências). O fato da guerra na Ucrânia estar reproduzindo no Ocidente o mesmo efeito que as decisões de Roosevelt, e Truman, não são meras coincidências. E essas alusões a programas econômicos e pacotes de empréstimos da Segunda Guerra não são á toa: são um chamamento para a Terceira. Mas agora existe um ímpeto muito maior, não por uma Organização das Nações (ONU), ou Liga das Nações, mas um governo mundial com poderes irrestritos, e com um Exército Europeu incorporado a OTAN, sob o esqueleto da ONU formando uma Aliança Atlântica das Nações Unidas, ou – como chamamos – uma Nova Ordem Mundial.
Artigos recomendados: Estados Unidos e Nova Ordem Mundial
Nenhum comentário:
Postar um comentário