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12 de mai. de 2022

Inflação na zona euro: os países mais afetados



Euronews, 12/05/2022 



Por Alice Tidey 



Estima-se que a taxa de inflação na zona euro tenha atingido os 7,5% em abril, mas nem todos os países da moeda única estão a ser afetados da mesma forma, de acordo com dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.

A Estónia deverá ter a inflação mais alta entre os 19 países do euro, com preços 19% mais altos do que em abril de 2021. Isso é superior a março, quando a inflação anual da Estónia atingiu os 14,8%.

Os outros Estados Bálticos – Lituânia e Letónia – seguem o exemplo. Isso acontece em grande parte porque os três pequenos estados dependem fortemente de importações estrangeiras para responder às suas necessidades de energia, tornando-os particularmente vulneráveis ​​à volatilidade global dos preços.


Espera-se que a energia tenha a maior taxa de inflação anual em abril, com 38,0% – em comparação com 44,4% em março – seguida dos alimentos, álcool e tabaco, com uma inflação de 6,4% em comparação com os 5% em março. As taxas de inflação para alimentos não-industriais, bem como para serviços, devem ser mais altas em abril do que em março.

Os países com a inflação mais baixa deverão ser a Finlândia (5,6%), França (5,4%) e Malta (4,9%).

No caso da Finlândia e de França, isso deve-se a um mix energético mais diversificado, enquanto Malta, que depende do gás importado do exterior, tem um acordo de fornecimento de vários anos com o Azerbaijão, o que ajudou a manter os preços estáveis.

A zona euro e a União Europeia em geral estão longe de ser as únicas regiões que sofreram aumentos acentuados de preços, com inflação recorde também observada nos meses anteriores no Reino Unido e nos EUA.


Nota do editor do blog: parte do problema não reside na guerra na Ucrânia, mas nas políticas energéticas da União Europeia, e dos próprios países, que têm em vista essas políticas as quais foram firmadas sob os acordos de Paris. Se livrar das centrais nucleares, porque seu uso é poluente, sendo que o uso de recursos naturais, tais como carvão, podem gerar mais escassez de recursos e danos ao meio ambiente, não foi uma alternativa correta, uma vez que é a maior fonte de energia alternativa. Ela é tida como não sustentável ao clima, mas ela supre as necessidades energéticas da população. Em países frios, onde a hidroelétrica é um desafio, ela pode suprir as necessidades energéticas por anos, pois o uso convencional da hidroelétrica pode sofrer pelo clima ambiente e necessitar de arranjos de reservatórios mais complexos para o seu uso, fora o próprio abastecimento de água em si, que também se torna ameaçado. Mas no mundo de faz de conta dos políticos ocidentais, tudo deve ser sustentável somente a natureza, mesmo que o uso dessa energia inovadora não afete de fato o meio ambiente, mas melhore a produtividade e reduza o custo com energias convencionais, que consomem muito mais recursos. No fim, parai uma dúvida quando pensamos em todos os passos dados para essa atual crise: por que os países europeus fecharam um acordo de gás com a Rússia, quando sabiam que a dependência poderia outrora ser prejudicial, pois o dono do mercado em questão é hostil aos países ocidentais? Além disso, a situação atual força uma mudança energética sem precedentes na Europa, e em um momento em que não há alternativas. Isso também força os países produtores de petróleo, por exemplo, a se tornarem um mercado mais intenso na região; o que  também pode gerar mudanças na economia global. Enfim.


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Fonte:https://pt.euronews.com/my-europe/2022/05/12/inflacao-na-zona-euro-os-paises-mais-afetados

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