Escandinávia: Finlândia e Suécia enviam delegações a Ancara na quarta-feira

Pekka Haavisto

YLE, 24/05/2022 

O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, fez os comentários durante um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Finlândia e Suécia enviarão delegações a Ancara na quarta-feira em esforços para negociar a oposição da Turquia aos pedidos de adesão à OTAN dos dois países nórdicos, revelou o ministro finlandês das Relações Exteriores, Pekka Haavisto (partido Verde).

"Estamos enviando nossas delegações para visitar Ancara, na verdade tanto a Suécia quanto a Finlândia. Isso acontecerá amanhã, então o diálogo continua", disse Haavisto.

Ele fez os comentários durante um painel de discussão na reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, na Suíça, na terça-feira.

O Ministério das Relações Exteriores ainda não deu detalhes sobre quem comporá a delegação enviada à Turquia.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan , acusou a Finlândia – e a Suécia em particular – de apoiar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que a UE considera uma organização terrorista. A adesão à Otan requer a aprovação de todos os 30 atuais estados membros.

Haavisto abordou o tema durante o painel de discussão de terça-feira em Davos.

"Entendemos que a Turquia tem algumas de suas próprias preocupações de segurança em relação ao terrorismo. Achamos que essas questões podem ser resolvidas. Pode haver também algumas questões que não estão diretamente ligadas à Finlândia e à Suécia, mas mais a outros membros da OTAN", disse Haavisto, segundo a Reuters.

Erdoğan também criticou as restrições da Finlândia e da Suécia às exportações de defesa e sua recusa em extraditar cidadãos turcos.

O presidente turco conversou com líderes finlandeses e suecos no fim de semana.

Durante o painel de discussão, Haavisto também explicou que a decisão da Finlândia de se candidatar à aliança militar se deveu a mudanças na arquitetura da segurança europeia, uma mudança na retórica nuclear da Rússia e os crimes de guerra cometidos pela Rússia em seu ataque contínuo à Ucrânia.

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Fonte:https://yle.fi/news/3-12459364