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18 de mai. de 2022

44 países se reúnem em El Salvador para discutir adoção do bitcoin: A Jihad econômica de Bukele

Nayib Bukele, presidente muçulmano de El Salvador



Exame, 16/05/2022 



Por Gabriel Marques 



Bancos centrais e autoridades financeiras de dezenas de países se reunirão no país centro-americano para discutir o uso do bitcoin e das criptomoedas

El Salvador recebe, nesta segunda-feira, 16, um evento para discutir o uso e a adoção do bitcoin com a presença de representantes de 44 países. Serão 32 bancos centrais e 12 autoridades financeiras representadas no evento, que pretende discutir os benefícios do ativo digital e como tem sido o experimento salvadorenho como o primeiro país a adotar a criptomoeda como moeda de curso legal.

Conforme anunciou o presidente Nayib Bukele, 44 países estarão reunidos, entre eles Paraguai, Haiti, Angola, Jordânia, Nepal, Paquistão, Costa Rica, Equador, Armênia, Egito, Maldivas e Moçambique. “Amanhã, 32 bancos centrais e 12 autoridades financeiras, totalizando 44 países, se encontrarão em El Salvador para discutir inclusão financeira, economia digital, a bancarização dos desbancarizados, a adoção do bitcoin e seus benefícios para nosso país”, escreveu o chefe de Estado salvadorenho.

O país da América Central ganhou as manchetes depois de se tornar o primeiro no mundo a adotar o BTC como moeda de curso legal no ano de 2021. Anteriormente, o dólar americano era a única moeda oficial em El Salvador, que tem um PIB de cerca de US$ 24 bilhões, sendo boa parte disso referente à remessas internacionais, de salvadorenhos que vivem em outras regiões e enviam dinheiro para seu país natal - o que gerava uma perda de US$ 400 milhões anualmente em taxas, problema que o bitcoin pode ajudar a resolver.

Ausente da reunião está a República Centro-Africana, segundo país a adotar o bitcoin como moeda oficial. Seguindo os passos do país comandado por Bukele, a nação com pouco mais de 6 milhões de habitantes seguiu caminho semelhante: aumentar o número de cidadãos com acesso a serviços financeiros, proteger seu dinheiro da inflação, entre outros. De acordo com o presidente Faustin Archange Touadera, a decisão "representa um passo decisivo na abertura de novas oportunidades no país”.

O uso de criptomoedas, em especial do bitcoin, em países com a economia fragilizada tem se tornado cada vez mais comum, de diferentes formas e com objetivos diversos. Ao mesmo tempo, órgãos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) criticam ferozmente a adoção das criptos por bancos centrais.

Em alguns lugares, no entanto, o uso do bitcoin e outras criptomoedas não acontece de forma oficial, como política econômica, mas sim pela própria população - como é o caso da Argentina, onde esse tipo de ativo é usado como forma de se proteger da inflação. “Os criptoativos têm sido usados pela população Argentina principalmente desde a instalação de legislações que restringiram a compra de dólares, um dos grandes efeitos disso foi fortalecer o ecossistema cripto no país”, dise Henrique Teixeira, chefe global da Business Developent da Exchange Argentina Ripio. “Em países como a Argentina, onde se percebe uma dívida externa altíssima, percebe-se que as pessoas costumam buscar criptoativos como maneira de proteção das suas reservas pessoais”, finalizou.

Nota do editor do blog: agora vocês entendem porque a esquerda não faz questão de ter uma política econômica e fiscal decentes? Principalmente na atual conjuntura? É muito mais fácil adotar o Sistema de Crédito Social em países deficitários e inadimplentes, porque as pessoas estão fartas da alta da inflação, da incerteza econômica, de medidas de austeridade sem fim que prometem sanar os problemas da dívida, e assim, diminuir a inflação atraindo investimentos, gerando emprego aumentando o seu poder de compra. Se houver um sistema onde tudo isso pode ser resolvido o mais rápido possível, então, tudo bem! Na Argentina, a criptomoeda já é uma alternativa ao Peso e ao Dólar, que foi proibido pelo Banco Central de ser comprado para servir de moeda de troca: eles estão forçando os argentinos a aderir através da dor. Muitos liberais veem isso como uma solução correta para o problema, mas eles não conseguem enxergar a causa e efeito nesta questão: a adoção da criptomoeda levará as pessoas para mais perto do Crédito Social, e eles alegre (e imbecilmente) abraçaram isso sem pensar. Bukele é um globalista, e um admirador de Elon Musk, um grande entusiasta e investidor de criptomoedas. Seu papel tem sido mais relevante na política latino-americana do que muitos imaginam. Outros atores estão no palco, e muitos não os conhecem pela falta de cobertura da mídia independente latino-americana. Você que lê estas linhas saiba: agora está conhecendo um deles, Nayib Armando Bukele Ortez. 

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Fonte:https://exame.com/future-of-money/44-paises-se-reunem-em-el-salvador-para-discutir-adocao-do-bitcoin/ 

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