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3 de mar. de 2022

Resumo da invasão russa da Ucrânia: determinação totalitária de Putin, novos membros da UE, e economia russa no lixo

Imagem arquivo fonte Euractiv



Euronews, 03/03/2022 



Vladimir Putin está determinado a prosseguir com a ofensiva contra a Ucrânia


Ao telefone com o homólogo francês, afirmou não estar disposto a fazer compromissos e repetiu as exigências da desmilitarização e de um estatuto neutro para a Ucrânia.

Segundo o Eliseu, Emmanuel Macron indicou ao presidente russo que ele está a cometer "um erro grave" e disse acreditar que "o pior ainda está para vir".

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, desdramatiza:

"Estou confiante de que esta histeria vai passar. Os nossos parceiros ocidentais vão ultrapassá-la, não há outra forma de colocar a questão. [...] Todos entendem que uma Terceira Guerra Mundial só pode ser nuclear, mas quero que prestem atenção: é na cabeça dos políticos ocidentais que a ideia de uma guerra nuclear anda sempre à volta e não na dos russos."

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse esta quinta-feira que quer negociar diretamente com Putin, afirmando que essa é "a única forma de parar a guerra", e apelou também ao Ocidente para reforçar o apoio à Ucrânia.

Zelenskyy afirmou também que a Rússia deverá pagar pelo que fez:

"Vamos recuperar cada casa, cada rua, cada cidade e dizemos à Rússia que aprenda as palavras reparação e contribuição. Vocês vão reembolsar-nos por tudo o que fizeram contra o nosso Estado, contra cada ucraniano, por inteiro. E não esqueceremos todos os que morreram."

A presidente da Comissão Europeia reafirmou o apoio a uma eventual adesão da Ucrânia à União Europeia.

Ursula von der Leyen disse ainda que o país será ligado "numa questão de semanas" à rede elétrica europeia, para diminuir a sua dependência da Rússia e frisou que as sanções vão continuar:

"As três vagas de sanções que introduzimos já estão a ter impacto na economia russa e nos esforços de guerra de Putin. E daremos passos adicionais se a situação se deteriorar no terreno."


Moldávia e Geórgia pedem para entrar na UE 


A Moldávia solicitou, esta quinta-feira, a entrada na União Europeia, seguindo os passos da Ucrânia e da Geórgia, também antigas repúblicas soviéticas.

O pedido foi assinado pela presidente moldava, Maia Sandu, um dia após a visita do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a Chisinau.

Sandu sublinhou que os moldavos querem "viver em paz, democracia e prosperidade, fazendo parte do mundo livre" ...

O pedido de adesão da Moldávia acontece no mesmo dia em que, também, a Geórgia solicitou formalmente a adesão ao grupo dos 27.

O Governo liderado por Irakli Garibachvili sublinhou que entrar na União Europeia é um objetivo estratégico para Tbilissi e que a Geórgia poderá contribuir para a proteção e desenvolvimento do bloco.

As candidaturas das duas antigas repúblicas soviéticas ocorre depois do presidente francês, Emmanuel Macron, ter advertido que após a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia seriam o próximo objetivo militar do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Para entrarem na União Europeia, é necessária a unanimidade dos 27 Estados-membros e os novos países terão de cumprir critérios que têm em conta o respeito pelos Direitos Humanos, a estabilidade económica ou o nível de corrupção.

Dívida da Rússia no ranking "lixo" 


A dívida da Rússia é agora classificada como "lixo".

As agências de notação Moody's e Fitch cortaram, esta quinta-feira, a classificação da dívida soberana russa colocando-a no nível de "lixo", seguindo assim a Standard & Poor's.

As três principais agências de notação a nível mundial justificam os cortes com o impacto que a invasão da Ucrânia e as sanções económicas impostas à Rússia, por grande parte dos países do mundo, vão ter na economia.

As agências acreditam que o país pode deixar de ter capacidade para cumprir o pagamento dos empréstimos internacionais.

A Bolsa de valores de Moscovo permanece encerrada, pelo quarto dia consecutivo e o rublo russo perdeu mais de 15% face ao dólar norte-americano, valendo agora menos de 1 cêntimo.

Na quarta-feira, o grupo Sberbank, o principal banco da Rússia, anunciou a saída do mercado europeu após ter sido abrangido pelas sanções internacionais.

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Fonte:https://pt.euronews.com/tag/guerra-russia-ucrania

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