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11 de set. de 2018

Lembranças da alegria esquerdista pelos ataques terroristas em 11 de Setembro







FP, 11 de setembro de 2018 








Nunca esquecerei como, dezessete anos atrás, neste dia, muitos dos esquerdistas ao meu redor, em minha vizinhança e comunidade, tinham muito pouca dificuldade em expressar sua alegria pelos ataques da Al-Qaeda às Torres Gêmeas e ao Pentágono. 

Eu conhecia alguns desses esquerdistas há anos e, após a queda do império soviético em 1989-91, muitos deles lamentaram amargamente que a “alternativa ao Capitalismo” tivesse desaparecido. Um número significativo (de esquerdistas)  entrou em sua concha silenciosa e soturna. 

Então veio o 11 de Setembro. 
Quase da noite para o dia, esses indivíduos passaram por uma transformação milagrosa. Um brilho ofuscante poderia mais uma vez ser detectado em seus olhos, conforme os seus revolucionários despertavam de seu sono profundo. Nunca os vi tão felizes, tão esperançosos e prontos para outra tentativa de criar um futuro glorioso e revolucionário. Sem dúvida, o 11 de Setembro representou uma reivindicação pessoal – e mórbida – feita por eles. 

As imagens das pessoas inocentes que saltavam para a morte das Torres Gêmeas não provocam simpatia por esses indivíduos. Em vez disso, eles viram apenas a justiça poética em aviões comerciais americanos mergulhando contra edifícios americanos cheios de pessoas. Para os meus conhecidos esquerdistas, a guerra terrorista jihadista prometia ter sucesso em um projeto em que o Comunismo fracassara: destruir o próprio sistema capitalista. “Os Estados Unidos trouxeram isso sobre si”, afirmam repetidamente – e com desdenhosa satisfação pessoal. 

Esses encontros pessoais perturbadores que tive foram um microcosmo do comportamento da esquerda no cenário nacional dos Estados Unidos. Em um piscar de olhos após a queda das Torres Gêmeas, os esquerdistas batiam em seus peitos com arrependimento misterioso pelos supostos crimes de seu próprio governo e caracterizavam a tragédia que sua nação acabara de sofrer como sendo alguma forma de justiça cármica. 

Imediatamente após o ataque de 11 de setembro, acadêmicos de esquerda lideraram o movimento com um rufar de tambores. No dia seguinte ao ataque terrorista, o guru intelectual da esquerda, Noam Chomsky, exonerou os terroristas, afirmando que os bombardeios do governo Clinto à fábrica farmacêutica no Sudão constituiu uma to terrorista muito mais sério e avisou que o 11 de Setembro seria explorado pelos Estados Unidos como uma desculpa para destruir o Afeganistão. 

Acadêmicos de esquerda por todo o país regurgitaram os temas de Chomsky, aplaudindo os atos terroristas do 11 de Setembro, que consideraram uma justa retribuição pelas transgressões americanas: 

O professor de História Robin Kelley, da Universidade de Nova York, declarou: “Precisamos de uma guerra civil, de uma guerra de classes, seja o que for ponha fim às políticas dos Estados Unidos que põem em risco todos nós”. 

O professor de História Gerald Horne, da Universidade da Carolina do Norte, afirmou que “o projeto de lei chegou, o tempo de crédito fácil aumentou. É hora de pagar”. 

O professor Eric Foner, da Universidade de Colúmbia, o renomado historiador marxista, expressou sua confusão mental pessoal sobre “o que é mais assustador: o horror que tomou conta da cidade de Nova York, ou a retórica apocalíptica que emana diariamente da Casa Branca”. [Ênfase minha]

Barbara Foley, professora de Inglês na Universidade Rutgers, acha que o 11 de Setembro foi uma resposta justificada ao “fascismo” da política externa dos Estados Unidos. 

Mark Lewis Taylor, professor de teologia e cultura no Princeton Seminary, considerou que os edifícios do WTC eram alvos justificáveis, porque era um “símbolo da riqueza e do comércio de hoje”. 

Robert Paul Churchill, professor de Filosofia na Universidade de George Washington, racionalizou que o ataque terrorista era justificado: 

O que os terroristas menosprezaram e procuraram derrotar foi a nossa arrogância, o nosso modo de vida guloso, a nossa avareza para com os pobres e os famintos; a expressão de uma cultura pop sem alma… e uma atitude dominadora que insiste em ter o nosso próprio caminho, não importando o custo para os outros. 

É claro que o infame Ward Churchill, como sabemos, superou todos os outros culpando não só Bush e os Estados Unidos, mas também os “pequenos Eichmanns” dentro dos edifícios pelos ataques. 

Churchill, Chomsky e seus parentes na esquerda acadêmica foram acompanhados por figuras proeminentes da cultura progressista em geral. Norman Mailer se adiantou para opinar que os sequestradores suicidas eram “brilhantes”. Na sua opinião, o ataque foi completamente compreensível, já que “tudo de errado com a América levou-a ao ponto em que o país construiu aquela torre de Babel que consequentemente teve de ser destruída”. 

Oliver Stone afirmou que viu o 11 de Setembro como uma “revolta” e comparou as celebrações palestinas subsequentes com as  pessoas que participaram das celebrações nas Revoluções Francesa e Russa. Susan Sontag, por sua vez, sustentou que o ataque terrorista foi o resultado de “alianças e ações americanas específicas”. 

Do campo religioso, Tony Campolo, um importante evangelista cristão que serviu como um dos “conselheiros espirituais” do ex-presidente Clinton, acreditava que o 11 de Setembro era uma resposta legítima às Cruzadas. 

A bandeira americana, um símbolo odiado pela esquerda, também se tornou um alvo: a novelista Barbara Kingsolver não pôde acreditar que a professora de jardim de infância de sua filha instruísse os alunos a irem à escola no dia seguinte vestidos de vermelho, branco e azul. A colunista da Nation Katha Pollitt teve a mesma reação ao impulso de sua filha adolescente de hastear uma bandeira americana do lado de fora da casa da família. Pollitt disse a ela que poderia “comprar uma bandeira com o seu próprio dinheiro e hasteá-la do lado de fora da janela do quarto, porque é dela, mas a sala de estar está fora dos limites”. Isso foi, explicou Pollitt, porque a bandeira americana significa “jingoísmo” vingança e guerra. 

Sentimentos semelhantes foram ouvidos em toda a Europa também. O compositor alemão Karlheinz Stockhausen descreveu o 11 de Setembro como “a maior obra de arte de todo o cosmos”. Dario Fo, o marxista italiano que ganhou o Prêmio Nobel de 1997 de literatura, observou: “Ali estavam os grandes especuladores de Wall Street e sua economia que a cada ano mata dezenas de milhões de pessoas com pobreza, então o que são 20.000 mortos em Nova York?”. 

E assim, neste triste dia, lembramos o êxtase maníaco e sádico dos esquerdistas com as imagens dos americanos saltando para a morte enquanto [eles esquerdistas] estavam de mãos dadas – enquanto saltavam das Torres no 11 de Setembro para escapar das chamas ardentes. 

E chegamos a nossa reflexão sobre por que a esquerda comemorou quando, naquele trágico dia, mais de 3.000 americanos morreram. 

A esquerda, em sua essência, está saturada de malícia e do anseio pela destruição da sua própria sociedade democrata-capitalista. Nesse anseio, como já documentei no United in Hate, ela automaticamente se posiciona lado a lado com os adversários totalitários e terroristas dos Estados Unidos. 

Neste 17º aniversário, não nos esqueçamos das vítimas do 11 de Setembro – e quem os assassinou. E enquanto oramos e honramos as vítimas, não nos esqueçamos também de quem celebrou este crime monstruoso com prazer, zombaria e sorrisos sinistros. 

Pois é somente na compreensão do que estamos contra que seremos capazes de nos proteger dele – e nos salvar de suas presas venenosas. 

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