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29 de mai. de 2018

Suíça – políticos suíços votam contra maior transparência salarial: lobismo e carreirismo

Muitos políticos suíços têm outros empregos ou posições nos conselhos de administração das empresas.



The Local Ch, 29 de maio de 2018. 



Em uma votação de perto, os políticos suíços votaram na segunda-feira contra uma moção que os faria declarar se ganham uma renda com suas posições não-políticas. 

Muitos políticos suíços têm segundos empregos ou posições nos conselhos administrativos de empesas que eles combinam com os seus deveres políticos. Esses políticos trazem a experiência e o conhecimento da indústria chave para Berna [sede do governo]

Até agora, porém, os parlamentares suíços não tiveram que declarar para quem trabalham nem se esses cargos são pagos. 


Mas na segunda-feira houve uma ligeira mudança em direção à transparência com os políticos da Câmara dos Deputados concordando que eles iriam agora declarar publicamente detalhes de seus empregadores. 

Esse movimento veio na sequência de uma proposta de Marianne Streiff-Feller com o Partido Popular Evangélico da Suíça (EPV), que argumentou que os eleitores tinham o direito de saber em cuja folha de pagamentos os seus representantes estavam. 

Embora essa informação possa ser pública ou um segredo aberto em alguns casos, não é algo que tenha sido declarado oficialmente até agora. 

Mas, ao mesmo tempo, políticos na segunda-feira também votaram contra mudanças propostas que os teriam feito falar sobre os seus segundos empregos ou cargos na diretoria de empresas e se foram pagos ou não. 

Qualquer cargo com pagamento inferior a 12.000 francos por ano seria considerado honorário. 

A votação foi muito apertada com 93 deputados votando contra a proposta e 92 a favor. Mas o jornal regional suíço, o Aargauer Zeitung, observou que 12 políticos na câmara baixa não compareceram na hora da votação, incluindo três deputados do Partido Socialista que apoiaram a votação. 

Opondo-se à iniciativa, Gregor Rutz, do conservador Partido do Povo Suíço, disse que forçar os parlamentares a declararem o quanto ganhavam fora do parlamento levaria a uma situação em que a pensassem que na Suíça só tem políticos de carreira. 

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