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5 de mar. de 2018

Eleições italianas




Euronews, 05 de março de 2018. 



Por Luis Guita



O Movimento 5 Estrelas é o mais votado, mas a coligação de direita e extrema-direita é maioritária em votos e assentos.

Itália mergulha na incerteza política. Um avanço histórico das forças antissistema, eurocéticas e de extrema-direita, maioritárias em votos e assentos após as eleições legislativas de domingo, está a transformar paisagem política italiana.



O Movimento de 5 estrelas foi o partido mais votado nas eleições. O partido anti-partidos fundado por Beppe Grillo em 2009 ultrapassa os 31% nas duas câmaras do Parlamento. Contudo, ainda falta atribuir lugares para que fique clara a dimensão da vitória.

Mas à frente surge a coligação de direita e extrema-direita com o partido Liga [Nord], de Matteo Salvini, surpreendentemente como o mais votado, à frente da Forza Italia, de Silvio Berlusconi, e do pequeno partido Fratelli d'Italia (Irmãos de Itália).



Oficial: Matteo Renzi apresenta demisão depois de derrota eleitoral


Líder do Partido Democrata apresenta a demissão depois de "derrota óbvia" nas eleições do passado domingo.


O líder do Partido Democrata, Matteo Renzi, apresentou a sua demissão do partido, depois de não ter conseguido ir mais além do que um terceiro lugar nas eleições gerais de domingo.

A notícia da demissão de Renzi começou a ser avançada logo pela manhã, mas só agora foi oficialmente confirmada.



"Abandona a liderança do PartidoDemocrático", afirmou Reni, de 43 anos, numa conferência de imprensa onde oficializou a sua demissão.  "A derrota obriga a que seja aberta numa nova página", rematou.
O próximo líder do Partido Democrático, de Centro-Esquerda, deverá ser escolhido em congresso, numa data ainda a definir. 

O Movimento 5 Estrelas (M5S), antisistema, foi o partido mais votado, com cerca de 32% dos votos. Em segunda lugar surge a coligação de Direita, que engloba o Força Itália, de Berlusconi, e a Liga do Norte, extrema-direita, Matteo Salvini. 

O Partido Democrático não foi além de um terceiro lugar, um resultado que levou Matteo Renzi a reconhecer a "derrota óbvia". 

As próximas semanas serão de negociação entre os países, sendo que uma solução governativa parece ser bastante difícil de encontrar. 

Batalha eleitoral difícil e complexa em Itália 04/03/2018


Cerca de 47 milhões de eleitores italianos votam para escolher um novo líder num pais dividido, que pende para a direita e que testa um novo sistema eleitoral.


Filas para votar num novo governo, mas o resultado poderá ser um impasse político. A Itália vai a votos. Um terço dos eleitores estariam indecisos à partida - de acordo com as sondagens - e o complexo sistema eleitoral torna difícil a existência de uma maioria absoluta.

A abstenção pode também ser um problema, mas houve quem fizesse questão de marcar presença e despir-se de preconceitos para protestar contra Silvio Berlusconi em Milão.

"Estás acabado!", foi a mensagem da manifestante do grupo Femen, que acabou por ser detida pela polícia.


Berlusconi não é elegível mas é líder do partido conservador Forza Itália, que com os aliados de extrema-direita, pode tornar-se no principal bloco político no parlamento.

E o candidato que se perfila para assumir uma governação de direita é o atual presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, que votou nos arredores de Roma.

Em Nápoles votou o cabeça de lista do movimento 5 estrelas de Beppe Grilo, que se prepara para ser o partido mais votado. Luigi Di Maio pode muito bem vir a ser primeiro-ministro, mas a capacidade negocial da formação será posta à prova no espetro politico complexo de um pais que tende a virar à direita.

Quem já sabe o que é ser chefe de governo em Itália é Matteo Renzi. Votou na capital, Roma, que tal como Palermo, sofreu problemas com os boletins de voto, devido às inovações do novo sistema eleitoral.

As urnas encerram às 11 da noite. Os resultados apenas deverão ser conhecidos na segunda-feira.

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