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24 de fev. de 2018

Islândia ou a viagem a uma ilha de igualdade – a incansável busca nórdica pela utopia






Euronews, 23/02/2018





Por Valérie Gauriat.





A Islândia adotou, no início do ano, uma lei que obriga à igualdade salarial de género. 

A Islândia adotou, no passado mês de janeiro, uma lei de igualdade salarial. Uma novidade no mundo. Homens e mulheres devem ganhar o mesmo pelo mesmo trabalho no país e há multas paras empresas incumpridoras.


 "Não vai haver igualdade, nem aqui, nem em qualquer sociedade, se o sistema escolar não for parte ativa da mudança.
   
- Hanna Björg Vilhjálmsdóttir Professora de Estudos de Género na escola pública islandesa
De acordo com o Forum Económico Mundial, a Islândia é o país mais paritário do mundo. Um resultado que se repete há nove anos, de acordo com os indicadores utilizados pelo organismo.

A Euronews foi até à pequena ilha de 330 mil habitantes. Visitámos uma filial local de uma conhecida marca sueca de artigos para a casa.

Empresas pioneiras

Há cerca de cinco anos que a empresa sueca aplica medidas pela igualdade de género. As mulheres são metade da força de trabalho, incluindo em posições de gestão. Uma vantagem, diz o diretor da filial da empresa para a Islândia, Thórarinn Aevarsson:





"É impossível, a longo prazo, ter uma empresa rentável sem trabalhadores satisfeitos. Um pessoal feliz produz mais e vende mais. E se metade do pessoal não se encontra feliz, é impossível ter-se um bom negócio."

Tudo começa em casa

A igualdade começa em casa na islândia. Mulheres e homens têm direito a três semanas de licença cada um. E depois, há mais três meses para partilhar como entenderem. Hjálmar, gestor de transportes e ator, substitui a mulher Ljósbrá , que passou três meses em casa e volta para o banco:

Hjálmar explicou à Euronews que quer estar com o filho desde os primeiros momentos:

"É no início, quando eles (os bebés) começam a crescer e a aprender coisas novas que é bom para mim estabelecer uma ligação."

Ljósbrá Logadóttir passou os primeiros meses com o filho. Diz que tem vontade de trabalhar:

"É, para mim, é realmente importante que possa voltar ao meu trabalho e ainda ter emprego e ter um salário tão elevado quanto o dos homens."

E passa pela escola

A luta contra a discriminação e desigualdade faz-se também na escola. A disciplina de Estudos de Género é obrigatória nas escolas secundárias.

Hanna Björg Vilhjálmsdóttir lançou as primeiras aulas no sistema educativo islandês, há cerca de 10 anos:

"Não vai haver igualdade, nem aqui, nem em qualquer sociedade, se o sistema escolar não for parte ativa da mudança. É aqui que moldamos ideias," explicou a professora à Euronews.

Ideias que, mesmo no país mais igualitário do mundo, devem ser ensinadas. Os níveis de violência contra a mulher são ainda motivo de preocupação.


Nota do editor

A busca por igualdade nos países nórdicos se tornou uma doença incurável! Desde o sistema educacional até mesmo dentro das instituições religiosas... Basicamente, tudo está permeado com a busca pela igualdade, em especial, a de gênero.

Enquanto buscam por igualdade entre si, eles também buscam pagar a sua "divida histórica" [por meio do welfare state] para com o mundo, pois acreditam que a sua etnia branca foi à causa de todos os males, do colonialismo, etc. Eles [os europeus] que introduziram civilizações bárbaras em um patamar de vida elevado querem "pagar sua dívida" ensinando aos povos que assimilaram um pouco de sua cultura que é errado seguir os padrões de vida os quais eles usufruem, e em que uma civilização é notoriamente próspera o suficiente, até mesmo para tentar destruí-los.


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