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2 de fev. de 2018

Dioceses episcopais dos Estados Unidos votaram em parar de usar pronomes masculinos para Deus

Delegados na Diocese Episcopal da 123ª Convenção Diocesana de Washington, 27 de janeiro de 2018.



LifeSiteNews, 01 de fevereiro de 2018. 



Por Mark Hodges



WASHINGTON, DC, 01 de fevereiro de 2018 (LifeSiteNews) – A igreja episcopal da Diocese de Washington, DC, aprovou uma resolução na semana passada para parar de usar pronomes masculinos para Deus em futuras atualizações de seu Livro de Oração Comum. 

A resolução para deixar de usar “linguagem de gênero para Deus” foi aprovada rapidamente pelos delegados da 123ª Convenção da Diocese. 


Se a revisão do Livro de Oração Comum é autorizada, para utilizar a linguagem expansiva para Deus a partir das ricas fontes do imaginário feminino, masculino, e não binário para Deus encontrado na Escritura e tradição, quando possível, que se evite o uso de pronomes de gênero para Deus”, afirmou a resolução.  

Ao longo dos séculos, nossa linguagem e nossa compreensão de Deus continuaram a mudar e se adaptar”, disseram os redatores da resolução.  Os redatores disseram que se referir a Deus usando pronomes masculinos é “limitar nossa compreensão de Deus”. 

Ao expandir nossa linguagem para Deus, expandiremos nossa imagem de Deus e a natureza de Deus”, declararam. 

Mas a delegada do clero, a Rev. Linda R. Calkins, da Igreja Episcopal de San Bartolomeu em Laytonsville, Maryland, desafiou os delegados a ir além. 

Calkins leu Gênesis, capitulo 17, em que Deus diz a Abraão: “Eu sou o El Shaddai”. Ela disse que se os episcopais “seguirem fielmente o 'El Shaddai', isso significa Deus com seios”. 

“Tendo estudado muita teologia feminista em meus graus de mestrado, escrevi uma tese sobre a libertação e a liberdade e não igualdade na teologia feminista e aconselhamento existencial”, disse Calkins aos delegados, conforme relatado pelo Instituto de Religião e Democracia. 

Eu ainda espero que a Igreja Episcopal chegue a um estágio onde todas as pessoas sentem que podem falar o nome de Deus. Muitas mulheres com quem eu falei nos meus passados 20 anos no ministério ordenado sentiram que não podiam fazer parte de nenhuma igreja por causa da imagem masculina de Deus que é sistêmica e que é sustentada em nossas liturgias. Muitos de nós estamos esperando e precisamos ouvir Deus em nosso idioma, nas nossas palavras e nos nossos pronomes”, acrescentou. 

Os cristãos, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo, oraram a Deus como “Nosso Pai” desde o início. Os teólogos explicam que a palavra masculina “Pai” indica um relacionamento. 

Jesus não chamou a Deus ‘Imma’ (Mãe), mas sempre e exclusivamente ‘Abba’ (Pai)”, explicou o doutor Paul Tarazai, do Seminário Teológico Ortodoxo de São Vladimir. De fato, “Pai” é a única forma pela qual Jesus se referiu a Deus, e a única forma que ensinou aos seus seguidores a fazê-lo. 

Os Pais da Igreja atestam isso. São Gregório, o teólogo explicou que o nome “Pai” é o próprio Deus, não uma concessão figurativa para a humanidade. São Atanásio, o Grande, afirmou que apenas os nomes específicos “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” pertencem “à própria essência a ser de Deus”. São Gregório de Nissa ensinou a respeito desse desvio dos nomes “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” os quais causam também desvios da única fé verdadeira. Outros nomes escreveu São Gregório, “servem como ponto de partida para a deflexão da doutrina sadia”. 

Os delegados à convenção episcopal também aprovaram uma resolução sem debate ou discussão para incluir “pessoas transgêneros” em todos os aspectos da “vida congregacional”. 

A resolução convidou a diocese a “encorajar todas as paróquias a remover todos os obstáculos à plena participação na vida congregacional, tornando todas as instalações e atividades específicas de gênero totalmente acessíveis, independentes da identidade e expressão de gênero”. 

Os limites fixos da identidade de gênero estão sendo desafiados e as igrejas precisam responder. Esta resolução é uma resposta clara à opressão sistemática e à violência que as pessoas transgêneros experimentam diariamente”, disseram os redatores da resolução. 

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