Yahoo! UK, 22 de janeiro de 2018.
Crianças com até 11 anos estão recebendo tratamento hormonal para poder mudar de gênero.
Conforme relatado pelo The Sunday Times, uma psicóloga da clínica do Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Gênero (GIDS) em Londres está alertando que a decisão de suprimir a puberdade pode ter consequências, incluindo a infertilidade.
Bernadette Wren, psicóloga clinica e consultora na única clinica do NHS na Inglaterra e no País de Gales para crianças que procuram mudar o seu gênero, disse que algumas escolas podem estar tomando ações muito rápidas na classificação das crianças transgêneros.
Ela disse que muitas escolas estavam apressadas a tratar as crianças como um membro do sexo oposto a partir do momento em que ouviram um rumor de que poderiam estar questionando a sua identidade.
Nos nove meses do ano passado, mais de 2.000 crianças foram encaminhadas por GPs, a escolas e grupos de apoio para o GIDS.
Os números revelados em outubro do ano passado mostraram que as crianças de até quatro anos estavam entre as 50 crianças sendo encaminhadas semanalmente para especialistas em redefinição de gênero.
Cinquenta e cinco das pessoas referidas no ano passado tinham idade entre três e seis anos de idade.
Dr. Wren disse que 10% das crianças que frequentam o GIDS optam por sair de seu programa de tratamento.
Ela disse a Times que as escolas deveriam se isentar para permitir que as crianças com fluência de gênero troquem uniformes, banheiros e pronomes sem a permissão de seus pais.
“Na faixa etária mais nova, podemos fazer com que as crianças sejam fluidas em termos de gênero, mas que não irão perseguir isso para a vida adulta”, acrescentou.
“As escolas podem esperar que os pais aproximem-se delas antes de mudar coisas como nomes na identidade, uniformes, pronomes, banheiros etc”.
As questões em torno do gênero e dos uniformes das escolas têm feito manchetes recentemente. Muitas escolas em todo o Reino Unido já implementaram uniformes neutros em termos de gênero.
E em setembro, uma mãe perguntou na Internet por que todos os uniformes escolares não eram neutros em termos de gênero.
Enquanto isso, um professor da escola secundária provocou indignação no ano passado por alegadamente dizer às estudantes que elas deveriam usar leggings para ir à escola caso tivessem um tamanho zero ou dois (um tamanho quatro e seis no Reino Unido).
E os meninos da Academia ISCA de Exeter, recentemente, vestiram saias para protestar contra a regra que proibia shorts da escola durante uma onda de calor, enquanto a mãe de um garoto de quatro anos ficou chocada por terem mandado o seu filho para casa por causa de seus longos cabelos, no Texas.
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