Lifenews, 16 de janeiro de 2018.
Por Micaiah Bilger.
Um padre católico de Ottawa esperava empregar três estudantes neste verão para trabalhar no jardim da igreja e no escritório.
Mas o reverendo Tim Moyle não será capaz de fazer isto este ano, a menos que cumpra com a demanda do governo de apoiar o aborto por qualquer motivo até o nascimento.
Muitas igrejas e outros grupos oferecem aos alunos empregos de verão através do programa Canadian Summer Jobs. No entanto, o novo pedido de concessão de 2018 exige que os grupos declarem que respeitam os “direitos reprodutivos”, incluindo o aborto sob demanda, como um dos seus valores fundamentais. Os grupos não podem enviar o pedido online, ao menos que o façam, segundo relatórios do National Post.
A decisão provocou uma enorme comoção. Centenas de grupos que costumavam empregar estudantes disseram que não podem cumprir as demandas ideológicas do governo.
Ottawa Citizen reporta que Moyle serve três paróquias em uma área rural do Upper Ottawa Valley. No ano passado, suas paróquias receberam subsídios para empregar estudantes para trabalhar nos jardins estaleiros e no escritório.
“Nós estamos dando há algumas crianças a chance de ir para a faculdade com um emprego. Não há muito trabalho aqui”, disse Moyle.
No verão, no entanto, eles poderão empregar estudantes, e os ativistas do aborto devem agradecer por isso.
Aqui está mais do relatório:
[Moyle disse:] O governo diz: “Oh, você pode se candidatar como igreja. Isso não é um problema. Mas teríamos que comprometer o que acreditamos ao fazer esta declaração”.
O pároco mencionou o problema no boletim da paróquia, disse à congregação no final da missa no domingo e também chamou a atenção do bispo para o assunto. A fricção está claramente a ser construída.
Na semana passada, a Conferência dos Bispos Católicos do Canadá divulgou uma declaração que se opõem a declaração, exigindo e apontando um claro conflito com a Seção 2 da Carta [constituição], que garante “liberdade de consciência e religião” como um direito fundamental para todos os cidadãos.
Os bispos também previram que “os acampamentos de verão serão forçados a fechar”, os serviços de organizações sem fins lucrativos serão reduzidos e a valiosa experiência de trabalho será perdida.
Parece haver pouca esperança de alívio imediato, apesar do forte clamor público. Os líderes governamentais acenaram as preocupações dos grupos, e o prazo de 02 de fevereiro para se candidatar rapidamente está se aproximando.
O governo canadense divulgou as regras discriminatórias em dezembro.
“... essas mudanças ajudam a impedir que jovens (com mais de 15 anos de idade) sejam expostos ao emprego dentro de organizações que possam promover posições contrárias aos valores consagrados na Carta dos Direitos e Liberdades e jurisprudência”, afirmou o governo.
Na semana passada, o primeiro-ministro pró-aborto, Justin Trudeau, também denegria as preocupações levantadas por um estudante pró-vida sobre a liberdade de expressão.
“Se você é pró-vida, então você é ridicularizado e insultado, mas se você é pró-escolha, então você é louvado”, disse o aluno a Trudeau, de acordo com o National Post. “E eu quero saber se esta [liberdade de expressão] é importante para você”.
Trudeau respondeu: “As mulheres lutaram por gerações pelo direito de controlar os seus próprios corpos, para poder escolher por si mesmas o que fazer com os seus corpos. Quando essas crenças levam a ações destinadas a restringir o direito de uma mulher sobre o que fazer com o seu corpo, é ai que nós desenhamos a linha”, disse ele, de acordo com Global News.
Curiosamente, os líderes políticos afirmam que as novas regras de concessão ajudarão a garantir que os jovens estejam em um ambiente de aprendizagem que “respeite os direitos de todos os canadenses”, informou a Global News. Eles podem dizer isso porque o Canadá não reconhece os bebês não nascidos como seres humanos em qualquer estágio de desenvolvimento.
Os grupos pró-vida receberam bolsas no ano passado para empregar estudantes. De acordo com o relatório, o pró-vida Centro Canadense para a Reforma Bio-Ética recebeu uma doação de US $ 56.000 em 2016 e dois centros de gravidez pró-vida receberam cerca de US $ 12.000 para empregar jovens adultos.
O Canadá tem algumas das leis mais pró-aborto do mundo, permitindo abortos por qualquer motivo até o nascimento e forçando os contribuintes a pagá-los em muitos casos. Os regulamentos de senso comum, como o consentimento dos pais para os menores de idade, os períodos de espera, o consentimento informado e outras medidas básicas são inexistentes.
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