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20 de jan. de 2018

Maduro institui medicina tradicional para colmatar falta de medicamentos – xamanismo bolivariano

Grande chefe, cacique a Coca é Barata. 



SIC, 20 de janeiro de 2018. 


Por Ariana Cubillos


O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou hoje um "plano de medicina tradicional" para encorajar a população a tratar-se com plantas e produtos naturais, quando o país enfrenta uma grave escassez de medicamentos.

O "Plano medicina 100% natural" pretende reavivar a saúde tradicional, as receitas da avó, anunciou Nicolas Maduro numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, adiantando na ocasião que se estava a curar de uma "gripe terrível" graças à camomila, aloe vera, limão e um pouco de mel.



"É uma receita tradicional da minha família (...). A medicina cientifica e a medicina tradicional devem andar juntas", defendeu o chefe de Estado.

Desde o ano passado que manifestações contra a falta de medicamentos e outros produtos para colmatar necessidades básicas agitam o país.

A organização não governamental Coligação das Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida denunciou uma "falta total e prolongada" de medicamentos essenciais para tratar doenças como a insuficiência renal, o cancro ou a esclerose múltipla.

A escassez atinge igualmente os antibióticos ou os medicamentos para a tensão arterial.

Em novembro último, doentes e respetivas famílias manifestaram-se junto às embaixadas do Canadá, Costa Rica, Holanda e Peru para pedir a estes países que façam pressão sobre Caracas no sentido de ser criado um corredor humanitário que permita a entrada de medicamentos no país.

Um mês antes, o Governo de Maduro relançou um plano de distribuição de medicamentos através de uma linha direta.Para poderem beneficiar deste sistema os cidadãos devem possuir um Cartão da Pátria que permite aceder a programas de ajudas sociais que a oposição classifica como um "instrumento de controlo social".

O Governo venezuelano nega a existência de uma crise humanitária e denuncia que as sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos dificultam a importação de alimentos e medicamentos.

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