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7 de dez. de 2017

Reino Unido – juiz dá compensação a imigrante acusado de abuso sexual no valor de 110.000 libras




Yahoo! News UK, 07 de dezembro de 2017. 



Por Andy Wells



Um juiz concedeu a um refugiado africano que cometeu ataques sexuais um pagamento de seis dígitos por ter ficado preso por muito tempo. 

Aliou Bah, da Guiné, recebeu uma indenização de £ 110,000 pelo juiz Nicholas Madge por ter ficado preso ilegalmente por 21 meses – porque o seu próprio país não o quis de volta. 

Mesmo o juiz Madge criticou sua própria decisão [lesado], admitindo que ele “de todo coração” concordou que a maioria das pessoas pensaria que as vítimas de Bah merecem grandes indenizações. 


Bah, de 28 anos, foi preso duas vezes por graves agressões – inclusive contra uma menina de 16 anos – e também foi colocado no registro de criminosos sexuais. 

Funcionários da imigração bloquearam as tentativas de expulsão de Bah, que recebeu status de refugiado, de volta ao seu país na África Ocidental. 

O juiz Madge decidiu que Bah deveria receber indenização por danos morais porque ele tinha sido forçado a defender o princípio de que ninguém deveria ser preso ilegalmente em uma sociedade civilizada. 


O deputado conservador Peter Bone disse que o governo alegou que o público concluiu que “a justiça é cega” depois de ter ouvido sobre o caso. 

Ele disse: “É muito difícil entender por que um agressor sexual não deve ser enviado de volta ao seu país de origem, e muito menos ganhar uma grande quantidade de dinheiro público. Se ele veio ao Reino Unido, ele deveria viver de acordo com as regras do Reino Unido. Os meus eleitores certamente ficarão indignados com a forma como ele foi recompensado apesar de abusar completamente da hospitalidade deste país”. 

Bah chegou ao Reino Unido em 2007 para se juntar ao seu pai refugiado, mas foi condenado por agressão sexual a uma menina de 16 anos em fevereiro de 2011. 

Ele ficou preso por 18 meses antes de ser condenado novamente à prisão em 2014 pegando dois anos de prisão por outra agressão sexual. 

Theresa May assinou uma ordem de deportação contra Bah em dezembro de 2011, quando era Secretária do Interior – sem perceber que ele tinha direito a ser tratado como um refugiado. 


Ele foi posteriormente mantido em detenção por imigração ilegal, de 2012 a 2013 e novamente de 2014 a 2015 – totalizando 21 meses. 

O juiz Madge disse que ninguém foi deportado com sucesso para a Guiné desde 2006, uma vez que as autoridades rejeitam a emissão de documentos de viagem para quem não quer retornar.

Ele acrescentou que Bah havia cumprido suas penas por seus crimes e culpou o Ministério do Interior por sua decisão de atribuir uma indenização, dizendo que o departamento não conseguiu aplicar corretamente a sua própria política. 

David Green, do Think Tank Civistas, disse: “Este é um caso claro em que se deve punir o Ministério do Interior por não proteger a população. Isso é perverso e um claro fracasso no dever dos tribunais. Não é como se ele não tivesse dado motivo – ele é um criminoso perigoso para a população”. 

O Ministério do Interior disse que agora eles estavam “considerando o julgamento”, acrescentando: “Este caso não altera a legalidade do status do senhor Bah no Reino Unido”. 

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