The Christian Post, 06 de dezembro de 2017.
Por Stoyan Zaimov.
O Tribunal Constitucional da Áustria anunciou que o casamento gay será legalizado no país de maioria católica a partir de 2019, argumentando que a lei tradicional do casamento é “discriminatória”.
A Deutsche Welle informou que, na decisão de terça-feira, o tribunal disse que, embora os casais homossexuais já tenham essencialmente os mesmos direitos que os casados, tendo sido autorizados a entrar em parcerias registradas desde 2010, “a distinção entre casamento e parceria registrada... não pode ser mantida nos dias atuais sem discriminar os casais do mesmo sexo”.
A decisão do tribunal acrescentou: “O efeito discriminatório resultante é visto no fato de que, através de diferentes títulos do status familiar, as pessoas que vivem em parcerias do mesmo sexo devem divulgar sua orientação sexual mesmo em situações em que não é, e não deve ser relevante e. são altamente susceptíveis de serem descriminadas”.
Parcerias civis, acrescentou, estarão abertas para casais gays e heterossexuais, enquanto as palavras “duas pessoas de sexo diferente” serão removidas da lei do casamento.
A decisão dizia respeito a um caso em que duas mulheres de uma parceria civil registrada pediram para se casar, mas tiveram o pedido negado pelas autoridades de Vienna.
A BBC notou que, uma vez que a Holanda se tornou o primeiro país a legalizar o casamento gay em 2001, 15 outras nações europeias, muitas na Europa Ocidental, fizeram o mesmo.
Diz-se que a decisão teria causado alguma divisão política na Áustria, no entanto, o Partido Conservador do Povo disse que aceitaria a decisão, porém o Partido da Liberdade da Áustria permaneceu contrário ao casamento gay. Ambas as partes estão preparadas para formar o governo de coalizão da Áustria.
A Áustria não foi tão fortemente afetada pelo declínio da fé religiosa como outras nações da Europa Ocidental, embora as igrejas tradicionais também estejam gradualmente perdendo o poder.
Como observa a Atlas Mundial, a maior parte da população, ou 61%, anda pertence à Igreja Católica Romana, com outras denominações cristãs compondo 10%.
A crescente população imigrante da Áustria, em parte devido à crise de refugiados em curso, contribuiu para uma paisagem religiosa em mudança no país.
Em março, a Igreja Católica Austríaca informou que os seus batismos adultos mais do que duplicaram em 2016, com um número significativo de refugiados muçulmanos decidindo se converter ao Cristianismo.
“Se eles querem seguir a Cristo e viver em sua comunhão isso também é um chamado para nós – que temos a felicidade e o privilégio de crescer na fé desde a infância, mas podemos ter esquecido como isto é precioso”, disse o Cardeal austríaco Christoph Schonborn a Time.
As cerimonias de batismo foram fechadas ao público, no entanto, pelos receios de que os novos convertidos possam enfrentar ataques de muçulmanos ortodoxos.
Os muçulmanos sunitas representam 6% da população, enquanto os ateus cresceram para uma participação de 12%.
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