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30 de nov. de 2017

Reino Unido – governo considera ter mais poderes para acabar com protestos pró-vida do lado de fora das clínicas de aborto

Amber Rudd



Instituto Cristão, 30 de novembro de 2017. 



A polícia poderia receber novos poderes para silenciar a oposição pró-vida do lado de fora das clínicas de aborto, de acordo com o Ministério do Interior. 

O governo disse que irá rever a “escala e a natureza” dos protestos contra o aborto que ocorreram recentemente. 

Mais de uma centena de deputados assinaram uma carta afirmando que expor a visão pró-vida do aborto equivale a abuso “misógino”. 


Zona tampão

Em um comunicado, a secretária do Interior, Amber Rudd, disse: “Deixe-me ser clara, esta revisão é sobre garantir que a polícia, os prestadores de cuidados de saúde e as autoridades locais tenham os poderes necessários para proteger as mulheres que tomam essas decisões difíceis”. 

O compromisso foi aplaudido pela ministra do Interior, Rupa Huq, que anteriormente disse em seu circulo eleitoral que a presença de apoiadores pró-vida do lado de fora do centro Marie Stopes “me faz ferver o sangue desde os anos 90”. 

Huq exigiu uma “zona tampão” para excluir os protestos a menos de 150 metros das clínicas de aborto. 

‘Tendenciosa’

John Smeaton, diretor da Sociedade para a Proteção dos Nascituros (SPUC), disse que a revisão é “tendenciosa”, uma vez que se baseia na falsa suposição de que o assédio e a intimidação estão sendo usados polos pró-vidas. 

Esta revisão do Ministério do Interior é uma resposta totalmente inapropriado a um pequeno número de pessoas que ordeiramente fornecem folhetos para as mulheres. Esses folhetos permitem que as mulheres saibam onde podem obter ajuda, o que elas não conseguem em nenhum outro lugar”. 

Liberdade de expressão 

No início deste mês, um grupo pró-vida criticou a decisão do Conselho de Portsmouth de visar uma zona tampão do lado de fora de uma clínica de aborto na cidade. 

Foi aprovada uma moção permitindo que o conselho “faça tudo dentro de seus poderes” para evitar que as pessoas protestem contra o aborto do lado de fora da Clínica BPAS. O conselheiro Steve Hastings foi o único a votar contra, dizendo que uma zona tampão impediria a “liberdade de expressão”. 

Desinformado

A decisão também foi contrariada pela comentarista Caroline Farrow, que teve um aborto há vinte anos depois de ter sido estuprada. 

Ela disse que não estava “informada sobre os fatos básicos do meu procedimento”. 

Se eu tivesse recebido essa informação ou soubesse sobre como um aborto pode afetar a saúde mental de alguém, especialmente durante as gravidezes subsequentes... então teria pensado novamente”. 

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