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10 de nov. de 2017

George Soros procura financiar a legalização do aborto por toda a América Latina




LifeSiteNews, 08 de novembro de 2017 



Por Natalia Dueholm



8 de novembro de 2017 (LifeSiteNews) – o apoio do investidor milionário George Soros ao aborto não se limita ao financiamento da Planned Parenthood. As fundações Open Society de Soros deu grandes subsídios à International Women’s Health Coalition (IWHC) e a Women’s Link Worldwide (WLW), que está ligado ao controverso Centro de Direitos Reprodutivos. 

A WLW, que atua há mais de 15 anos com pouco escrutínio, está na vanguarda de um movimento para destruir as proteções legais para os não-nascidos na América Latina, uma região ainda muito pró-vida. 

No ano passado, a Dcleaks.com divulgou vários documentos da organização de Soros, a Open Society Foundations (OSF). Entre eles, estava a “Revisão de Portfólios de Direitos da Mulher (WRP) Em 2014 e de 16 de dezembro de 2015. Este documento detalha a concessão de $ 400,000 concedida à WLW, um grupo fundamental para a causa” com alcance global

O portfólio revela que a doação duplicou em tamanho e duração como um sinal de que o “interesse e o compromisso com o seu trabalho” serve para dar “flexibilidade para implementar sua nova estratégia”. De acordo com o documento, a WLW planeja expandir o seu trabalho para a África Ocidental. 

A WLW é descrita como “uma organização internacional de direitos humanos com 14 anos de idade, baseada na Espanha e na Colômbia”, conhecida por seu litígio estratégico e advocacia relacionada. Em outras palavras, a WLW é rápida em processos judiciais para promover o aborto. 

De acordo com um estagiário que trabalha com a WLW, o grupo manteve um banco de dados online de casos internacionais sobre questões relacionadas aos tribunais espanhóis e internacionais, especialmente o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e a Corte Interamericana. 

A organização se caracteriza ainda mais no portfólio vazado como “relativamente pequena e ágil” e “na frente dos avanços na SRHR (saúde e direitos sexuais e reprodutivos) na América Latina, incluindo em um caso constitucional histórico que estabelece o direito ao aborto na Colômbia, um país onde o aborto foi outrora proibido”. 

A WLW também iniciou um observatório da Justiça de Gênero e estabeleceu “os prêmios de reconhecimento da Justiça de Gênero para dar marteladas favoráveis em favor das decisões legais tomadas por juízes, comissões de direitos humanos e outras instituições legais que promovam a igualdade de gênero, e de repúdio, para aquelas que forem consideradas sexistas”. 

O documento vazado também revela que a WLW foi criada por advogados que eram ex-funcionários do Centro de Direitos Reprodutivos (CRR). Anteriormente conhecido como Centro de Direito e Política Reprodutiva, o CRR não é estranho à controvérsia. 

Por exemplo, em 2010, o grupo pressionou a ONU para reconhecer os serviços de aborto como “defensores dos direitos humanos” nos Estados Unidos e em todo o mundo. 

Vários documentos vazados envolvendo o CRR foram anonimamente enviados para o Instituto Católico da Família e dos Direitos Humanos e, em 2003, reimpressos nos Artigos do Congresso pelo representante Chris Smith, para mostrar as “práticas enganosas usadas pelo lobby do aborto”. 

Um desses documentos vazados cita um administrador do CRR dizendo: “Temos que lutar mais e ser um pouco mais sujos”. Smith argumentou que “os grupos de promoção do aborto estão planejando empurrar o aborto aqui e no exterior, não por argumento direto, mas por torção das palavras e redefinições”. 

Um memorando do CRR reconhece que “há uma qualidade sigilosa para o trabalho: estamos conseguindo um reconhecimento incremental de valores [$] sem uma grande quantidade de escrutínio da oposição. Essas pequenas vitórias nos colocam gradualmente em uma posição forte para afirmar um amplo consenso em torno de nossas afirmações”. 

O editor do Weekly Standard, Joseph Bottum, comentou as táticas do CRR “à porta fechada”, explicou ele que “essa falta de sinceridade é necessária para a estratégia dos ativistas do aborto, que consiste principalmente em inserir passagens vagas em tantos tratados internacionais, relatórios e documentos de trabalho tanto quanto possível – e, em seguida, conseguir respostas positivas de órgãos judiciais como o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, para interpretar essas passagens como significando que um direito universal ao aborto foi estabelecido”. 

Bottum acrescentou que as sessões de estratégia do CRR revelam que os “resumos jurídicos” dos ativistas do aborto “citam passagens que eles mesmos inseriram nas diretrizes da ONU, em decisões judiciais internacionais e em minutas de organizações e de tratados”. 

Infelizmente, o sucesso da WLW na Colômbia poderia servir como um plano para os ativistas do aborto. No [documento]Aborto nos Estados Unidos: um manual de referência”, Dororhy E. McBride escreve que “se houver uma mudança política do aborto na maioria dos países latino-americanos, é provável que seja seguindo a liderança do supremo tribunal na Colômbia”. A Colômbia é um dos países mais populosos da América Latina, uma nação de 48 milhões de pessoas. 

McBride descreveu o desafio bem-sucedido da lei colombiana pelos advogados da WLW em 2006 que consideravam ela “uma violação de suas obrigações de tratados internacionais para garantir os direitos humanos, neste caso, o direito da mulher à vida e à saúde”. O tribunal permitiu o aborto quando a vida das mulheres ou a saúde física e mental estiver em perigo e nos casos de estupro, incesto e deformidade fetal. A ala abortista viu isso “como um local promissor que pode mudar”. 

Monica Roa da WLW admitiu que “a chave para o seu sucesso (na Colômbia) era abordar o assunto com o tribunal constitucional e não buscar uma reforma legal através da legislatura, uma abordagem que falhou seis vezes no passado”. Ela também disse que “evitou ficar atolada em um debate público com a influência da Igreja Católica da Colômbia”. 

A estratégia da WLW era mudar a lei, excluindo o corpo legislativo e os católicos do país, que constituem 90% da população do país. Foi mais fácil influenciar um pequeno grupo de juízes para alcançar o objetivo em uma decisão de 5-3. E, claro, o direito internacional foi usado como desculpa para este fim. 

Em 2005, pouco antes disso, um político colombiano, Rafael Nieto Loazia, escreveu sobre os esforços dos ativistas do aborto para usar o sistema judicial do país para impor o aborto a um país que não o desejava. Nieto é citado por LifeSiteNews descrevendo uma campanha de truques de mídia para vender o aborto aos tribunais colombianos e ao público. 

De acordo com este artigo, Roa da WLW estava “liderando uma dupla campanha de mídia, organizando uma série de grupos para enviar amicus curiae ao tribunal e contratando um consultor de mídia para vender a ideia do aborto ao público”. Um exemplo da estratégia envolvia um advogado esquerdista radical criticando os esforços de Roa como não fazendo o suficiente. A ideia era retratar Roa como mais moderada. 

Mais recentemente, WLW tentou usar uma crise de saúde – especificamente o Zika vírus – para promover sua agenda de aborto. Em uma entrevista na NPR, Roa afirmou: “Nos países onde a lei não permite (o aborto)… o debate deve estar na mesa e ser discutido no contexto (das infecções por Zika Vírus)”. 

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