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12 de out. de 2017

Estados Unidos e Israel anunciam saída da Unesco por “viés anti-Israel”



Epoch Times, 12 de outubro de 2017 



Falta de reformas no think thank educacional da ONU também está entre as justificativas

O governo dos Estados Unidos comunicou nesta quinta-feira sua decisão de retirar o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Dentre as justificativas elencadas pelo Departamento de Estado americano está a continuidade do ‘viés anti-Israel’ do órgão. A saída se efetivará em 2018, a partir de quando os EUA intentam estabelecer uma missão permanente de “observadores”, segundo o comunicado.


Não foi uma decisão fácil e reflete as preocupações dos EUA com pagamentos em atraso na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e a continuidade do viés anti-Israel na Unesco”, comunicou o Departamento de Estado.

Ainda em 2011, os Estados Unidos cortaram significativamente suas contribuições à Unesco, por conta da admissão plena da ‘Palestina’ na entidade ─ pelos votos de Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e França, entre outros, contra EUA, Canadá e Alemanha, que votaram contra, tendo o Reino Unido se abstido. O financiamento estadunidense equivalia a mais de 20% das receitas do órgão.



Após ter recebido a notificação oficial do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse: “Lamento profundamente a decisão dos Estados Unidos da América a retirar-se da Unesco”. Ela acrescentou que o fato representa uma perda para o ‘multilateralismo’ e para a “família das Nações Unidas”.

Israel

Ano passado, Israel suspendeu sua participação na Unesco depois que a entidade aprovou uma repreensão contra a restrição da entrada de muçulmanos ao Monte do Templo, local sagrado na parte leste de Jurusalém, após atentados terroristas na região. Para os israelenses, a decisão negaria o vínculo milenar dos judeus com a cidade.

Os islâmicos, que também frequentam o local, chamam-no al-Aqsa ou Haram al-Sharif. Ocupada desde 1967 por Israel e anexada posteriormente, a parte oriental de Jerusalém é cobiçada por muçulmanos como futura capital do projeto de um Estado ‘palestino’.

Agora é Israel. Também vai sair da UNESCO

Israel anuncia saída da UNESCO, depois dos EUA


Israel anunciou hoje que vai sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), depois de os Estados Unidos terem decidido o mesmo, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros para preparar a saída de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos", informou, em comunicado, o gabinete do chefe do Governo de Israel.

"A UNESCO tornou-se um teatro do absurdo, onde se deforma a história em vez de a preservar", refere a mesma nota.

Os EUA anunciaram hoje que se retiram deste organismo da ONU, invocando "preocupações com os atrasos crescentes na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental da organização e o permanente preconceito anti-Israel".

Nos últimos anos, a organização aprovou várias resoluções muito criticadas por Israel, nomeadamente textos que omitem a vinculação judaica à denominada Esplanada das Mesquitas de Jerusalém.

Além disso, em julho passado, a Cidade Velha de Hebrón (Palestina) foi incluída entre os 21 novos sítios da Lista de Património Mundial, decisão que levou Israel a anunciar que iria retirar um milhão de dólares na sua contribuição às Nações Unidas, e que os Estados Unidos consideraram "trágica".

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, os EUA alinharam-se muito claramente com Israel nas Nações Unidas, denunciando repetidamente a suposta parcialidade contra o seu parceiro dentro da UNESCO.

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