Páginas

9 de jun. de 2017

O Plano da ONU para a Migração Global — Part 2

Parte 2: A Nova Ordem Mundial Emergente


Autora: Berit Kjos, 25 de junho de 2006


A Espada do Espírito, 17 de julho de 2006


A migração deve ser incentivada, pois o processo dialético requer diversidade social e espiritual. Liderados por facilitadores treinados para alcançarem um consenso pré-planejado, os membros do grupo devem concordar em encontrar algo em comum — uma evolutiva "unidade na diversidade". Eles devem compartilhar seus sentimentos, ouvir respeitosamente, respeitar todas as visões contrárias e submeter suas próprias visões às opiniões do grupo. Os fatos ofensivos e as verdades bíblicas devem ser banidos, em favor dessa velada manipulação grupal.


"Estamos diante de uma transformação global. Tudo o que precisamos é de uma grande crise..." (tradução nossa) [1; David Rockefeller].

"Vejo um mundo de fronteiras abertas, de livre comércio e, mais importante que isso, de mentes abertas; um mundo que celebra a herança comum, que pertence a todas as pessoas... Vejo um mundo construído sobre o novo modelo emergente da unidade européia... A ONU é o local para se instaurar o apoio e o consenso internacional para irmos de encontro a outros desafios com os quais que nos deparamos... as ameaças ao meio ambiente, o terrorismo... o tráfico internacional de drogas... a questão dos refugiados... Devemos nos unir em um novo pacto — todos nós — para levarmos a Organização das Nações Unidas ao século 21." [2] Ex-presidente George H. W. Bush (tradução nossa).

Dê um clique aqui para ler a Parte 1.

"Por que será que esse presidente e o Congresso não redigem e aprovam uma política de imigração simples e clara?" [3] pergunta o jornalista Frosty Wooldridge. Outros se perguntam por que o governo norte-americano não sai da Organização das Nações Unidas e abandona sua planejada fusão econômica com o México e o Canadá. Essas questões fazem muito sentido!

Mas as respostas lógicas comumente ignoram os sonhos grandiosos dos revolucionários de elite que controlam a agenda da ONU. Para eles, faz todo o sentido abrir nossas fronteiras, praticamente convidar a imigração ilegal, arriscando assim, a aumentar a criminalidade e o terrorismo. De fato, cada crise dessas se torna um potencial instrumento para mudança — uma pedra fundamental em direção à "Federação Mundial" sonhada por Lord Tennyson.

"Tudo o que precisamos é de uma grande crise, a crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial", disse David Rockefeller — um dos mais poderosos agentes de mudança por trás dos bastidores. [1].

O ex-presidente Bush ecoou essa certeza. "Das cinzas destes tempos difíceis, uma nova ordem mundial poderá emergir," (tradução nossa) [4] disse ele ao Congresso em uma mensagem no ano de 1990, apropriadamente intitulada "Rumo a uma Nova Ordem Mundial." Naqueles dias, a crise oportuna era a Guerra do Golfo. Ela ajudou a construir a aceitação pública a respeito do sistema gerencial global, que já tinha começado a substituir os direitos norte-americanos, por "regras globais".

Os passos em direção à mudança se aceleraram desde então. Como você viu na Parte 1, o atual presidente norte-americano (assim como seu predecessor) está deliberadamente submetendo o país a uma crescente teia de declarações, tratados e políticas globais da ONU que solapam nossa Constituição. E os "recursos humanos" dos EUA estão sendo agora moldados, encaixados e monitorados de acordo com padrões globais para darem resultados educacionais, produzirem "saúde mental", "aprendizado por meio do serviço voluntário" e sendo treinados para serem uma força de trabalho global. [5].

Juridicamente legal ou não, a migração é vital para esse processo de transformação. Vejamos alguns de seus objetivos:

1. Substituir as ligações nacionalistas por fronteiras abertas em um mundo unificado.

Os antigos monarcas entendiam o poder transformacional da imigração. Quando os poderosos assírios conquistaram Israel em 722 AC, eles reassentaram naquela terra pessoas que nunca haviam ouvido as verdades de Deus. Em pouco tempo, a mistura de novos colonos e residentes locais modificou as lealdades coletivas das pessoas em direção a novos deuses e novas regras.

Essa estratégia ainda funciona! Ela pode explicar por que o político globalista John Foster Dulles (Secretário de Estado na administração Eisenhower) propôs a imigração mundial livre em 1942. Como presidente de uma conferência nacional do liberal Conselho Federal de Igrejas (precursor do Conselho Mundial de Igrejas), ele introduziu as seguintes metas:

  • Um governo mundial de poderes delegados.
  • Limitações imediatas à soberania nacional.
  • Controle internacional de todos os Exércitos e Marinhas.
  • Um sistema monetário universal [Apocalipse 13:17].
  • Liberdade de migração mundial.
  • Distribuição igualitária das riquezas naturais do mundo. [6].

Até mesmo a revista Time pareceu chocada com esse descarado socialismo de mundo unificado: "Algumas das opiniões nas conferências econômicas foram quase tão sensacionais quanto o extremo internacionalismo de seus programas políticos. Apoiava-se que uma "nova ordem de vida econômica" é tanto iminente quanto imperativa... A igreja deve exigir os acordos econômicos medidos a partir do bem-estar humano." [7].

Alger Hiss, o mais famoso líder dentro do Conselho Federal, era um comunista atuante e o editor da revista socialista International Conciliation. Isso não o impediu de trabalhar com o presidente Roosevelt no Departamento de Estado e também não o impediu de ser indicado como secretário-geral das Nações Unidas (1945) — ou como presidente da multimilionária fundação Carnegie Endowment for International Peace.

2. Substituir o pensamento individual pelo pensamento coletivo.

O individualismo ocidental está sendo constantemente atacado e definido como maligno pelos principais agentes de mudança atuais. Não é maravilha, já que o pensamento factual retarda a revolução que eles desejam. Eles não podem vencer suas guerras a não ser que modifiquem nossas mentes. John Dewey, o pai da Educação Progressiva, descreveu essa batalha psicossocial em seu livro Democracy and Education (Democracia e Educação).

"Há sempre um risco que a maior independência pessoal diminua a capacidade social de um indivíduo... Normalmente, ela torna o indivíduo tão insensível às suas relações com os outros que ele passa a desenvolver a ilusão de realmente ser capaz de permanecer e agir sozinho — é uma forma de insanidade não identificada que é responsável por uma grande parte do remediável sofrimento do mundo." [8] (tradução nossa).

Igualando o pensamento independente com a insanidade, as palavras agressivas de Dewey ilustram as táticas desumanas dos totalitários que foram seus contemporâneos. Stalin, Hitler e Mão não hesitavam em corrigir ou encarcerar os resistentes, considerando-os mentalmente doentes. E, com a ascensão da ONU, essas visões foram legitimadas entre a elite dominante. Por exemplo, o psiquiatra canadense Brock Chisholm tornou-se o primeiro líder da Organização Mundial de Saúde (OMS). Observe como ele apresenta a "saúde mental" como uma crise útil na seguinte mensagem, que seria posteriormente publicada por Alger Hiss:

"Para se alcançar um governo mundial, é necessário remover das mentes humanas o individualismo, a lealdade às tradições familiares, o patriotismo nacional e os dogmas religiosos."

"Há várias gerações que curvamos nossos pescoços ao jugo da convicção do pecado. Temos engolido todas as formas de certezas venenosas dadas a nós por nossos pais..."

"Há algo a ser dito... para que gentilmente possamos colocar de lado os velhos caminhos errados de nossos pais se isso for possível. Se isso não puder ser feito com gentileza, deverá ser feito com dureza ou até mesmo com violência". [9] (tradução nossa).

Meio século depois, a mesma ideologia foi embalada em linguagem menos ameaçadora. Em 1995, a UNESCO publicou um relatório intitulado "Nossa Criativa Diversidade". Li esse livro em meu vôo de volta da Conferência da ONU Sobre Assentamentos Humanos, que ocorreu em Istambul, em 1996. O relatório dizia:

"O desafio para a humanidade é adotar novos modos de pensar, novas formas de ação, novos caminhos de se organizarem em sociedade, em resumo, novos modos de vida." [10] (tradução nossa).

Essa mensagem é chocante. Tudo deve ser transformado! Os estudantes devem aprender a abraçar a visão "sistêmica" de realidade. Nossa nova "família" deve ser vista como toda a raça humana. Além disso, a chave para o sucesso deve ser a implantação de inúmeros grupos pequenos em todo o mundo — todos seguindo o processo dialético do filósofo ocultista George Hegel.

A migração, especialmente a partir de países não-ocidentais deve ser encorajada, pois o processo dialético requer diversidade social e espiritual. Liderados por facilitadores treinados para alcançarem um consenso pré-planejado, os membros do grupo devem concordar em encontrar "algo em comum" — uma evolutiva "unidade na diversidade". Eles devem compartilhar seus sentimentos, ouvir respeitosamente, respeitar todas as visões contrárias e submeter suas próprias visões às opiniões do grupo. Os fatos ofensivos e as "verdades venenosas" da Bíblia devem ser banidos, em favor dessa velada manipulação grupal.

Observe que a diversidade em si mesma não é o problema. Andy e eu viajamos pelo mundo em nossos anos de juventude — navegamos Nilo acima em um barco dos Correios, rodamos de caminhão pela África, e dormimos em trens de quarta classe viajando pela Índia à noite. Algumas vezes éramos convidados a irmos até os lares — muçulmanos, hindus, budistas ou cristãos. Compartilhávamos nossas crenças, e eles compartilhavam as deles, mas ninguém tentava mesclar as duas.

Mas esse não é o estilo da UNESCO. O estilo dela é bem descrito por Peter Senge, um guru do MIT para os gerentes do mundo empresarial e líderes de igrejas em todo mundo. Em seu célebre livro, A Quinta Disciplina, o Dr. Senge escreve, "... não deve ser surpreendente que a enfermidade de nosso mundo atual está proporcionalmente ligada à nossa incapacidade de vê-lo como um todo." (tradução nossa) Com essa introdução reveladora, ele prossegue para definir o "pensamento sistêmico". Observe a referência às estratégias psicossociais necessárias para a mudança:

"O pensamento sistêmico é uma disciplina para se enxergar o todo. É uma estrutura para se ver o inter-relacionamento, em vez de coisas individuais'... É também um conjunto de técnicas e ferramentas específicas... Essas ferramentas estão sendo aplicadas para se entender em larga escala os sistemas corporativos, urbanos, regionais, econômicos, políticos, ecológicos e até mesmo sistemas psicológicos." [11] (tradução nossa).

O Dr. Senge foi também co-autor do relatório "Comunidades de Comprometimento: O Coração das Organizações de Aprendizado." Esse relatório destaca a crise de "fragmentação" que impede as pessoas de trocarem as visões bíblicas "divisivas" por uma perspectiva "sistêmica", ou holística:

"A fragmentação, competição e reatividade não são problemas a serem resolvidos — são padrões de pensamentos rígidos que precisam ser dissolvidos. O solvente que propomos é um novo modo de pensar, de sentir e de ser... Na nova cosmovisão sistêmica, movemos da prioridade das partes para a prioridade do todo, das verdades absolutas para as interpretações coerentes, do eu para a comunidade." [12].

Da "verdade absoluta" para o quê? Uma comunidade global que bane a Palavra de Deus?

3. Substituindo os absolutos bíblicos "divisivos" por valores universais "úteis".

Quando aplicadas à religião, as "novas formas de pensar" significam deixar de lado as antigas crenças "estreitas" para permitir a unidade. Para que isso aconteça, o cristianismo deve se curvar ou partir-se; mesmo assim, os líderes eclesiásticos estão impondo essas estratégias psicossociais aos seus incautos seguidores. De fato, muitos cristãos agora acreditam que esse novo "pensamento sistêmico" se ajusta ao propósito de Deus para a humanidade. Ecoando a mensagem da UNESCO e do Dr. Senge, o "pastor da América" Rick Warren diz:

"É para a glória global de Deus! Pretendemos chamar a atenção para o fato que a Vida com Propósitos resulta em uma nova forma de pensar e agir na igreja sobre nossas responsabilidades no mundo." [13] (tradução nossa).

Essas "responsabilidades no mundo" precisam enfocar os serviços humanitários, que discutiremos na Parte 3. Mas primeiro, considere o tom e a sugestão de Rick Warren no artigo recente, "O que fazer quando sua igreja atinge um platô?". Aparentemente perguntaram a ele como lidar com obstáculos a serem modificados. Em sua resposta, ele aponta para os novos modos de pensar e de agir:

"... algumas pessoas terão de morrer ou sair. Moisés teve de vagar pelo deserto durante quarenta anos enquanto Deus matava um milhão de pessoas antes de permitir que o povo entrasse na Terra Prometida. Isso pode parecer brutal, mas é a verdade. Podem existir pessoas em sua igreja que amam a Deus sinceramente, mas que nunca, nunca vão mudar... (tradução nossa) [Será que o pastor Warren acredita que ele, como se fosse Deus, pode simplesmente se desfazer das pessoas que questionam suas espertas estratégias de marketing?].

"As pessoas perguntam, 'É mais fácil iniciar novas igrejas, ou é melhor pegar as igrejas já existentes e transformá-las?' Minha resposta é a seguinte: 'É sempre mais fácil criar bebês do que ressuscitar os mortos'... ".

"... ore por uma dose maior de paciência. As pessoas mudam de forma muito devagar. Elas são resistentes à mudança porque reconhecem que a vida tal como elas a conheceram cessará de existir...".

"... mova-se com os que estão se movendo... descubra quem são os legitimizadores, aqueles que estão desejosos de seguirem as mudanças... Construa sua visão com eles." [14] (tradução nossa).

Você notou que os agentes de mudança com propósitos são considerados como aqueles que estão do lado do "bem"? As pessoas como nós, que questionam as estratégias de marketing são aquelas que devem "morrer ou sair". [Leia o artigo DB039resiste, "Igreja Dirigida Pelo Espírito ou Orientada por Propósitos: Como Lidar com os Resistentes"].

Tenha em mente que esse sistema de mudança mental não tem tolerância alguma pela divisiva Palavra de Deus. A não ser que a cristandade se misture com outras religiões por meio da diversidade, do diálogo, e da desconstrução (comprometimento e destruição das antigas crenças) nossos líderes globalistas continuarão a enfrentar barreiras de resistência. É por isso que Frederico Mayor, ex-presidente da UNESCO, usou ainda outra crise para alimentar o fervor revolucionário:

"A missão da UNESCO... é a de fazer avançar a paz internacional e o bem-estar comum... Temos testemunhado... o ressurgimento do nacionalismo, o crescimento do fundamentalismo e das intolerâncias religiosas e étnicas. As raízes da exclusão e do ódio se implantaram mais profundamente e mais tenazmente do que imaginávamos... A paz... requer, nas palavras da Constituição da ONU, 'a solidariedade intelectual e moral da humanidade'... Precisamos prevenir, antecipar e estar em uma torre de vigia... aplicando o tratamento a tempo."[15] (tradução nossa).

À medida que cresce a hostilidade em relação ao cristianismo bíblico, as seguintes palavras de Jesus Cristo estão se tornando a cada dia mais relevantes:

"Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia... Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós..., porque não conhecem aquele que me enviou." [João 15:19-21].

"Vem a hora em que qualquer que vos matar julgará prestar um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim". [João 16:2-3].
Artigos recomendados: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário