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5 de mai. de 2017

"Zonas seguras" não convencem refugiados e oposição síria




Euronews, 05 de maio de 2017. 






A Rússia, Irão e Turquia decidiram criar as chamadas “zonas seguras” na Síria. A criação destas áreas foi decidida na reunião entre estes países em Astana, no Cazaquistão. Trata-se de zonas supostamente livres de conflitos armados, para onde os refugiados, espalhados por vários países à volta, poderão regressar sem serem ameaçados pela guerra.

No entanto, esta medida está longe de convencer os refugiados, nomeadamente os que vivem no campo de Ketermaya, na Jordânia: “Como podemos confiar nestas áreas seguras? Se não podem entregar ajuda humanitária em certas zonas que estão cercadas, como posso confiar neles para voltar para o meu país e viver numa grande prisão?”, Pergunta Abou Badweh, refugiado.


O recente massacre em em Khan Sheikhoun, na província de Idlib, com utilização de armas químicas, alegadamente por parte das forças governamentais sírias, relançou o debate. A Organização para a Proibição das Armas Químicas já está no terreno a investigar: “Não posso afirmar que houve uma violação, mas houve um programa clandestino que continuou depois de a Síria ter assinado a convenção. Há, certamente, algumas inconsistências, discrepâncias, tal como está escrito no nosso relatório”, disse Ahmet Uzumcu, secretário-geral da organização.

Segundo o enviado da Rússia às negociações, estas zonas ditas “seguras” vão estar vedadas aos aviões da coligação liderada pelos Estados Unidos. O acordo assinado em Astana não convence a oposição, cética em relação ao papel do Irão nas negociações.


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