Tim Farron |
Premier Christianty, 29 de março de 2017.
James Mildred explica por que motivo Tim Farron estava certo ao queixar-se de que, a fim de ser levado a sério na sociedade britânica, você tem que “esconder a sua fé”.
Tim Farron, líder dos liberais democratas, falou sobre sua frustração de que a sociedade britânica ainda vê as pessoas com fé com suspeita. Em uma entrevista no Evening Standard, Farron disse: “Na América você tem que inventar uma fé para ser levado a sério, no Reino Unido você tem que fingir não ter uma. Você não deve ter vergonha.”.
Farron é absolutamente preciso especialmente quando se trata de Cristianismo. A sociedade não é apenas suspeita, mas certos setores são cada vez mais hostis ao Cristianismo. Um estudo recente sugere que isso está ligado a uma maior reticência no local de trabalho para pessoas que falam sobre a sua fé.
Pesquisas feitas pela ComRes mostram que, enquanto 92% dos gerentes de RH acreditam que as pessoas de suas empresas podiam falar abertamente sobre a sua fé, entre os trabalhadores, apenas 26% disseram que as pessoas no local de trabalho falavam sobre as suas crenças ou tradições religiosas 35% disseram que as pessoas no seu local de trabalho nunca falaram sobre isso. Enquanto apenas 3% dos gerentes de RH e 2% dos trabalhadores disseram que estavam ativamente sendo desencorajados a discutir sua fé. A verdade é que a pressão sobre os cristãos é muito mais sutil do que um memorando de um CEO ordenado a todos os funcionários para manterem silêncio sobre a sua fé.
Farron esteve no extremo receptor dessa suspeita de hostilidade, quando se tornou líder dos democratas. A maneira em que os meios de comunicação o trataram era em grande parte com total desprezo. Lembra-se de como John Humphreys perguntou zombando de Farron se ele orou por orientação divina antes de tomar as suas decisões? Por trás disso, tudo parecia ser o pressuposto de que a fé cristã de Farron o desqualificava automaticamente para ser líder dos liberais democratas. Sua experiência não foi de modo algum a única.
Quem de nós pode negar que, nos últimos 50 anos, o Cristianismo foi afastado da vida pública? A revolução sexual dos anos 60 gerou uma cultura permissiva, viciada em terapia, onde a moralidade se baseia apenas no que te faz bem, em vez de qualquer padrão objetivo. Este é exatamente o oposto do Cristianismo, onde os padrões morais são decididos por um Deus amoroso que sabe o que é melhor.
A Sociedade rejeitou os padrões morais de Deus em troca da mentira do relativismo moral. Muitos optaram por acreditar que seremos mais felizes, mais e satisfeitos, em apenas nos iluminarmos e nos autoafirmarmos o tempo todo, independentemente do estilo de vida que escolhemos.
A sociedade rejeitou os padrões morais de Deus em troca da mentira do Relativismo moral.
O Cristianismo é considerado excedente para a sociedade porque se atreve a sugerir que este novo e corajoso mundo de auto-autonomia radical pode realmente causar mais mal do que bem. Embora nem toda a sociedade pense assim, os que estão no establishment e nas universidades em especial, parecem desconfiar mais do que o Cristianismo tem a dizer.
A tragédia de tudo isso é que o grande objetivo da sociedade moderna permissiva falhou em boa parte. Podemos acolher algumas das mudanças (salário igual para homens e mulheres, por exemplo), mas a filosofia por trás da sociedade permissiva foi a ideia de que se libertarmos as pessoas removendo suas restrições, então elas serão mais felizes. Contundo, não somos mais felizes porque Deus nunca pretendeu que vivêssemos separados dele.
Abaixo da camada há enormes fraturas em nossa sociedade. Mesmo as pessoas com abundância em termos de dinheiro e sucesso muitas vezes não estão verdadeiramente satisfeitas. Nossa sociedade permissiva não resolveu o desejo insaciável que temos por algo mais profundo.
Devemos falar sem vergonha de Jesus Cristo e da mensagem da Cruz.
A supressão implacável do Cristianismo em praça pública criou uma tensão inevitável. Isso porque o Cristianismo sempre teve uma forte dimensão pública. Isso envolve não apenas o evangelismo, mas também o engajamento pró-ativo em nosso mundo. Na política, educação, ciência e todos os outros campos que você pode imaginar. Ele se baseia no mandamento de Cristo de que devemos ser o sal da terra e a luz do mundo. Devemos ser os seus embaixadores onde quer que vamos e em qualquer campo que operamos.
Jesus nunca nos prometeu uma vida fácil e ele nunca nos prometeu que a sociedade nos respeitaria. Ao mesmo tempo, a maneira como a sociedade trata os cristãos (e pessoas de outras religiões também) é muitas vezes decepcionante e altamente reacionária. Jesus disse que tinha vindo à Terra trazer a divisão (Lucas 12:49); ele experimentou rejeição mesmo de seu próprio povo (João 1:11).
Queremos evitar a ingênua expectativa de que a sociedade deve nos amar e nunca nos criticar. Em vez disso, mantendo os nossos olhos fixos em Cristo e no poder de seu evangelho, devemos falar sem vergonha de Jesus Cristo e da mensagem da cruz. Na fé, na dependência da oração e no poder do Espírito. Sejamos fiéis ao nosso chamado, não motivados pelo temor do homem, mas pelo amor ao nosso salvador.
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