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27 de abr. de 2017

Dividida entre a Rússia e o Ocidente: A Macedônia está sem governo há quatro meses




Euronews, 26 de abril de 2017. 



A Macedónia, – Antiga República Jugoslava da Macedónia – está há quatro meses sem governo. Desde a eleição legislativa a 11 de dezembro de 2016, a coligação entre os social-democratas e os três partidos pró-albaneses não consegue formar o governo.

O partido da extrema-direita do ex-primeiro-ministro Nicola Gruevski está a bloquear o precesso sob o pretexto de que a nova maioria parlamentar trabalha contra os interesses nacionais, ao mesmo tempo que serve os interesses da etnia albanesa.


O líder social-democrata, Zoran Zaev, alerta: “Devido à crescente presença dos russos, devido às várias declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, bem como às actividades da sua embaixada no país, a influência russa já começa ser sentida aqui. Perceptível entre os cidadãos é já a tendência de diminuição do apoio à UE e à NATO. A tendência é muito pequena, mas visível. Penso que se não forem tomadas medidas adicionais – como costumava ser no passado -, no que se refere ao interesse da UE e dos EUA nesta região, a Federação Russa terá cada vez mais espaço para impôr os seus próprios interesses

A Rússia apoia a extrema-direita, contrariamente à União Europeia e aos Estados Unidos que apressam os sociais-democratas a formar governo e a acelerar o processo de integração na Europa e na NATO. O impasse aumenta o receio de que este estado dos balcãs esteja pouco a pouco a entrar na esfera de Moscovo


O ministro dos Negócios Estrangeiros em exercício, Nicola Poposki, tenta desdramatizar:

A Rússia pode ter os seus próprios interesses, é legítimo, mas esta questão pode ser apresentada para qualquer um dos actuais Estados-membros da União Europeia, não é algo que seja exclusivo da nossa região ou, digamos, de países candidatos ou potenciais candidatos dos Balcãs. “

O correspondente da Euronews, Borja Jovanovski, contextualiza: “Historicamente, os balcãs sempre atraíram a atenção da Rússia por um lado e das potências ocidentais por outro. As tensões actuais no interior das relações UE – Rússia inevitavelmente reflectem-se também nesta região, agravando ainda mais a sua já grande fragilidade”.

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