Euronews, 27 de março de 2017.
Por Nelson Pereira.
O líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi conduzido a tribunal esta segunda-feira, um dia depois de ser detido durante as manifestações de protesto contra o governo e a corrupção da elite política.
Entretanto, a União Europeia pediu às autoridades russas a libertação de Navalny e dos restantes manifestantes detidos.
A chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini, criticou num comunicado que a detenção de centenas de manifestantes pacíficos, incluído o líder da oposição, tenha impedido “o exercício da liberdade básica de expressão, associação e reunião, que são direitos fundamentais da Constituição russa”.
A jornada nacional de protesto contra a corrupção, convocada por Navalny no domingo, atraiu dezenas de milhares de cidadãos, que participaram em comícios e manifestações em todo o país. Em Moscovo foram detidas centenas de pessoas.
A polícia de Moscovo prendeu centenas de pessoas em Moscovo que participavam numa manifestação anticorrupção. O principal líder da oposição da Rússia, Alexei Navalny, que organizou as manifestações, também foi detido.
Milhares de pessoas juntaram-se aos protestos em todo o país, pedindo a demissão do primeiro-ministro Dmitry Medvedev e acusando-o de corrupção. Só em Moscovo, terão sido detidas pelo menos 700 pessoas e várias centena noutras cidades do país.
São Petersburgo está entre as quase 100 cidades que planearam protestos, mas a maior parte não recebeu autorização para prosseguir com as demonstrações. A porta-voz de Medvedev apelidou as acusações de corrupção como sendo apenas “ataques de propaganda”.
Muitos dos manifestantes colocaram sapatos à volta do pescoço, numa alusão aos sapatos usados por Medvedev que acusam de acumular uma enorme fortuna.
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