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3 de mar. de 2017

França: Fillon "resiste" após deserções e novas buscas da polícia



Euronews, 03 de março de 2017. 



O candidato da direita às presidenciais francesas promete seguir na corrida, mesmo depois de ter sido convocado pela justiça na investigação ao emprego fictício da esposa.

François Fillon prosseguiu esta quinta-feira a campanha, em Nîmes, no sul do país.

Uma deslocação marcada por novas buscas da polícia na residência dos Fillon, durante a manhã, e novas deserções no seu próprio campo.


Sete dias sobre sete, vinte quatro sobre vinte e quatro horas, a máquina de triturar, a máquina dos rumores, não pára. Mas, como já disse, eu não tenho nenhuma intenção de ceder”, garantiu Fillon em Nîmes.

Desde quarta-feira, que mais de duas dezenas de altos cargos do partido Les Republicains decidiram retirar o seu apoio ao candidato, como o conselheiro e ex-rival nas primárias Bruno Le Maire.

Os “desertores” condenam a decisão de Fillon de prosseguir na corrida, mesmo sob suspeita da justiça, assim como as criticas do candidato que acusou os juízes de levarem a cabo, “um assassínio político”.

Fillon passou de favorito a terceiro na corrida, depois de ter perdido mais de 10% de intenções de voto em apenas um mês.

A ala mais à esquerda do seu partido [supostamente um partido de direita] voltou a pedir que o ex-rival das primárias, Alain Juppé, substitua Fillon.

O prazo para a entrega de candidaturas para as presidenciais expira no dia 17, dois dias após o interrogatório durante o qual Fillon poderia ser indiciado por desvio de fundos públicos.

A situação atual beneficia os seus dois principais rivais, o liberal Emmanuel Macron e a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, que são agora dados como os únicos cadnidatos a acederem à segunda volta do escrutínio em maio.

Uma manifestação convocada para domingo, em Paris, deverá dar voz aos apoiantes de Fillon que defendem, como o candidato, “que seja o sufrágio universal e não os juízes” que decidam o futuro do candidato.

A esposa do candidato, Penelope, assim com os dois filhos do casal, são suspeitos de terem recebido mais de 900 mil euros em salários, enquanto assistentes parlamentares, sem nunca terem pisado o hemiciclo.

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