Euronews, 31 de março de 2017.
Mike Flynn, o antigo assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, que se demitiu devido à controvérsia pelos contactos com a Rússia, diz estar disposto a testemunhar em troca de imunidade.
Segundo o The Wall Street Journal, o general reformado deu a conhecer as suas intenções às comissões da Agência Federal de Investigação – o FBI -, do Senado e da Câmara dos Representantes, que estão a investigar o caso.
De acordo com o periódico, a oferta foi feita através do advogado de Flynn e desconhece-se se já há resposta.
Breaking: Mike Flynn has offered to be interviewed in probe of Trump team's Russia ties in exchange for immunity https://t.co/8lUo2e92MY— Wall Street Journal (@WSJ) 30 de março de 2017
As autoridades investigam as alegadas ligações entre a campanha do presidente norte-americano, Donald Trump, e a Rússia.
Mike Flynn demitiu-se em fevereiro depois dos media terem divulgado que omitiu, ao vice-presidente Mike Pence, ter tido conversas sobre o alívio das sanções à Rússia com o embaixador Sergey Kislyak, antes da tomada de posse da administração Trump.
Russos visavam candidato presidencial republicano derrotado por Trump – The Blaze, 30 de março de 2017.
Um especialista em segurança nacional revelou em depoimento perante um Comitê de Inteligência do Senado que os russos tiveram como alvo os candidatos republicanos nas eleições primárias que eram hostis aos seus interesses e especificamente a um candidato.
Clint Watts, membro do Programa de Pesquisa de Política Externa do Programa de Segurança Nacional da Universidade George Washington, disse à comissão que os russos causaram danos a campanha do senador Marco Rubio (R-Fl).
“Os meios de comunicação abertos da Rússia e os trolls procuraram marginalizar os adversários de ambos os lados do espectro político com visões adversárias em relação ao Kremlin”, afirmou Watts.
“Eles estavam em plena atividade durante a temporada da primária republicana e democrata”, disse ele, “e podem ter ajudado a afundar as esperanças dos candidatos mais hostis aos interesses russos muito antes do campo se estreitar. O senador Rubio, na minha opinião, foi o que mais sofreu com essas ações.”
Em resposta, Rubio teve uma revelação sobre as tentativas de autores russos para atrapalhar sua campanha.
“Em julho de 2016”, Rubio disse, “logo depois de eu anunciar que iria buscar a reeleição para o Senado dos Estados Unidos, ex-membros da minha equipe de campanha presidencial que tiveram acesso à informação interna de minha campanha presidencial foram alvos de endereços de IP com localização desconhecida dentro da Rússia. Esse esforço não teve êxito”.
Rubio acrescentou uma segunda instância quando sua equipe foi alvo do que pareciam ser hackers russos poucas semanas antes, na qual novamente não tiveram sucesso.
Rubio tem sido um crítico franco contra o presidente russo Vladimir Putin e o governo russo. Em fevereiro, Rubio ofereceu legislação para nomear uma rua em frente a embaixada russa depois que um ativista foi abatido em uma ponte de Moscou por agressores que muitos acreditam terem sido ordenados pelo Kremlin.
Os críticos têm atacado a administração Trump com acusações e insinuações de que havia um conluio russo para fazer com que as eleições fossem ganhas para o magnata imobiliário. O presidente Donald Trump negou isso veementemente.
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