Notas do editor
Os oficiais belgas reclamam da falta de pessoal para caçar “extremistas" islâmicos que regressam dos massacres que cometem nos países do Oriente Médio que estão sob controle do Estado Islâmico. Não é preciso ser um especialista para dizer que as pretensões dos oficiais belgas jamais serão realizadas, já que tanto eles, quanto o governo belga, negam a natureza do Islã. O grau de dificuldade de monitoramento não se dá exatamente por não saberem quem são os migrados das zonas de conflitos que estão de retorno, mas sim, muitas vezes, por causa dos próprios cidadãos islâmicos residentes, que dificultam as investigações, ou por não cooperarem de imediato para entregar um irmão de fé cujo ideal compartilham, ou por ser um parente, que tem tal ideologia como código de fé e conduta, na qual se devotaram. O que impede os oficiais de terem êxito também, não são somente estes fatores os quais eu citei, mas sim sua cegueira politicamente correta, de não levar a sério os criadouros desses “radicais”, que são as mesquitas e a fé islâmica que nelas são apregoadas.
Mesmo que as autoridades prendam um número absurdamente grande de islâmicos, mais desses islâmicos irão proliferar nas comunidades que já dificultam o trabalho dos investigadores. Se tem uma coisa que se pode aprender dos esforços das autoridades belgas, é que elas não querem realmente resolver os seus problemas, mas mantê-lo sob controle. E é isso o que a Europa tem feito nesses últimos anos: tendo vários ataques terroristas com pessoas que, mutias vezes, declaram de viva voz a sua motivação, mas negando e chamando essas motivações de seu ataque de "distorções da verdadeira fé islâmica." As medidas antiterrorismo da Bélgica são pura e simplesmente idiotices que vão gastar dinheiro público, e vitimar mais pessoas futuramente, para que continuem andando em círculos procurando um motivo para suas “falhas” em detectar esses terroristas islâmicos – como deveriam ser chamados.
Fonte:Alex Nabaum, www.politico.eu |
Euronews, 21 de março de 2017.
Por Isabel Marques da Silva.
Palco de atentados terroristas levados a cabo por "extremistas" islâmicos, há um ano, a Bélgica continua a enfrentar uma forte ameaça por ter das mais altas taxas per capita na Europa de nacionais "radicalizados" que se juntaram ao Daesh, na Síria e no Iraque.O filho de Olivier Bets, de 23 anos, morreu na Síria, em 2013, mas muitos companheiros já regressaram ao país. Este cidadão belga defende a aposta em programas de reintegração.
“É um tema delicado porque, devido aos atentados em Bruxelas, temos medo de receber pessoas que são potencialmente perigosas. Posso mencionar o exemplo de meu filho: se ele ainda estivesse vivo, o que é que eu teria feito? Tentaria ajudá-lo por todos os meios”, disse à euronews Olivier Bets.
Os serviços de segurança estimam que cerca de 30% destes combatentes regressaram aos vários países de origem, o que no caso da Bélgica se traduz em mais de uma centena de pessoas.
O problema tornou-se uma prioridade para os serviços de contra-terrorismo, assegurou à euronews um investigador: “Estamos prontos para reagir quando regressarem e estamos de prevenção”.
“Se regressarem de avião ficaremos ao corrente, mas se vierem da Síria por terra, atravessando fronteiras terrestres, teremos maior dificuldade em detetá-los. Mas temos operações de rotina, verificamos informações, estamos a trabalhar porque nunca se sabe o que esperar”, acrescentou o agente que pediu anonimato.
A correspondente da euronews, Elena Cavallone, explica que “enfrentar os novos desafios da luta antiterrorismo é um trabalho difícil na Bélgica. Além das dificuldades na troca de informações com serviços secretos de outros países, também falta coordenação entre os diversos serviços internos de segurança, tal como denunciam os sindicatos da polícia federal”.
Os agentes participaram numa manifestação na cidade belga de Namur, em meados de março, para reivindicar a contratação de pelo menos mais cinco mil operacionais.
Um representante sindical da polícia federal, Eddy Quaino, afirmou que “foi anunciado que o plano de segurança nacional não vai ser preenchido. Isso tem impacto, nomeadamente, na gestão da informação”.
“Podemos afirmar que, atualmente, muitas informações que chegam de vários países europeus, na chamada encruzilhada oficial de informações, não estão a ser tratadas por falta de pessoal. Receamos que se esteja a passar ao lado de informação que está disponível mas que não é tratada por falta de pessoal”, acrescentou o sindicalista.
Após os atentados, o governo belga apresentou 30 medidas, das quais garante que 26 foram implementadas, ou estão em vias de o ser, ao fim de um ano.
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