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18 de jan. de 2017

O xadrez político do novo presidente do Parlamento Europeu




Euronews, 18 de janeiro de 2016. 



Um presidente de todos e para todos. Antonio Tajani prometeu o que todos os presidentes prometem. O novo líder do Parlamento Europeu quer ter uma função de organizador. O italiano de centro-direita quer também reforçar o papel do Parlamento no jogo institucional europeu. 

Em conferência de imprensa dada esta quarta-feira em Estraburgo, Tajani explicou que “quer construir pontes com todos, por isso vou trabalhar para que o Parlamento legisle em conformidade com os compromissos assumidos no âmbito do acordo interinstitucional “.


A primeira ponte a construir será com os Liberais. O Partido Popular Europeu de Tajani, mesmo antes das eleições, fez um acordo com o grupo político liberal, a formação de Alexander Lambsdorf. “Temos um acordo político muito bom com o PPE em relação às reformas futuras da União Europeia, em relaçao a um melhor desenvolvimento da governação da Zona Euro e também um envolvimento mais forte do Parlamento Europeu nas negociações do Brexit”, sublinhou o eurodeputado alemão.


A posição política do novo presidente antevê-se difícil: é eurodeputado italiano, de um grupo político dominado por alemães, deve a própria eleição aos liberais, por um lado e aos eurocéticos do grupo dos conservadores, liderado por Syed Kamal. “É muito bom que tenha feito uma declaração a garantir que não seguir a agenda política, mas distanciou-se, pessoalmente, do acordo entre o PPE e os liberais da ALDE”, afirmou o britânico.

E Tajani ficou longe de reunir consensos dentro do Parlamento Europeu. Sobretudo por causa do passado político. Sven Giegold, eurodeputado dos Verdes, garante que “vai ser difícil explicar aos cidadãos que o porta-voz de Berlusconi é o novo presidente do Parlamento. É claramente um presidente que traz muitos problema na bagagem, por isso houve tantas abstenções”.

Antonio Tajani sempre foi próximo do antigo primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi, com quem fundou o partido Força Itália, de quem também foi porta-voz. Aliás, terá sido graças a Berlusconi que se tornou, em 2008, Comissário Europeu, quando Durão Barroso era presidente da Comissão.

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