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2 de dez. de 2016

Theresa May perde voto pelo "Brexit" na Câmara dos Comuns




Euronews, 02 de dezembro de 2016. 



Por Francisco Marques



O Partido Conservador britânico, da primeira-ministra Theresa May, sofreu um revés esta quinta-feira, ao perder mais um voto pelo “Brexit” na Câmara dos Comuns do Parlamento do Reino Unido.

Numa eleição intercalar do círculo eleitoral de Richmond Park, no sudoeste de Londres, a vitória sorriu a Sarah Olney, a candidata liberal-democrata e confessa defensora da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).


A nova deputada sublinhou essa mesma vitória dos apoiantes da permanência ao lado dos outro “27” Estados-membros da UE no discurso de vitória. “O povo de Richmond Park e Kingston Norte enviou uma onda de choque contra este governo conservador do ‘Brexit’. A nossa mensagem é clara: Não queremos um ‘Brexit’ difícil, não queremos sair do mercado comum nem nos vamos deixar derrotar pela intolerância, o divisionismo e o medo”, avisou Sarah Olney.

A liberal-democrata, de 39 anos, conquistou o lugar a Zac Goldsmith, superando o rival em apenas 1872 votos. O conservador foi o responsável pelo precipitar desta eleições em Richmond Park ao cumprir a promessa de se demitir após perder a argumentação com a atual primeira-ministra sobre a anunciada expansão do aeroporto de Heathrow.


Pró-Brexit, Goldsmith recandidatou-se ao lugar como independente, mas perdeu, tentando ainda assim garantir que “esta eleição intercalar não foi um cálculo político” mas apenas “uma promessa”: “Que fiz e cumpri.”

Foi um enorme privilégio ter servido e ter representado esta comunidade nos últimos seis anos. Vou sentir falta de o continuar a fazer”, afirmou Zac Goldsmith, após a segunda derrota eleitoral consecutiva depois de já ter perdido para o trabalhista Sadiq Khan as eleições para a câmara de Londres.



A troca de Zac Goldsmith por Sarah Olney implica para a chefe de Governo, Theresa May, a perda na Câmara dos Comuns de mais um deputado a favor do “Brexit” e a entrada de outro que é assumidamente contra. E isto perante a possibilidade cada vez mais real de que a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, a regra europeia nunca utilizada que permite a um Estado-membro deixar a União Europeia, tenha de ser decidia por votação parlamentar.

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