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13 de dez. de 2016

Rússia rejeita trégua imediata para proteger civis no leste de Alepo




Euronews, 13 de dezembro de 2016. 



O secretário-geral da ONU lançou o alerta para os relatos de atrocidades sobre civis na cidade síria de Alepo.

Ban Ki-Moon apelou a todas as partes em conflito para protegerem a população da zona rebelde, quando o exército sírio afirma controlar quase a totalidade do leste da cidade.

A Rússia, aliada do regime de Bashar Al-Assad e da operação militar para recuperar o controlo do bastião rebelde, rejeitou ontem a proposta de um cessar-fogo imediato.


Lavrov sugeriu igualmente que a ofensiva do grupo Estado Islâmico sobre a cidade histórica de Palmira, seria, “uma manobra orquestrada pelos EUA”, para desviar a atenção da situação dos rebeldes em Alepo.

O problema é simples. Tomando em conta a nossa experiência prévia, quando os grupos armados utilizaram as tréguas para se poderem reorganizar e reforçar para aterrorizar ainda mais a população pacífica, primeiro temos que estar de acordo sobre a criação de corredores humanitários. E podemos chegar rapidamente a um acordo com os americanos”, afirmou o responsável da diplomacia russa, Serguei Lavrov, de visita a Belgrado na Sérvia.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos pelo menos 10 mil civis terão abandonado as zonas rebeldes nas últimas 24 horas, quando a ofensiva terá deslocado mais de 130 mil habitantes.


Para o vice-secretário de Estado norte-americano, John Kirby, Moscovo continua a tentar ganhar tempo, quando os rebeldes de Alepo se encontram encurralados numa pequena parte da cidade.

Em vez de aceitarem a proposta norte-americana para um cessar-fogo imediato, os russos informaram-nos que esta trégua só poderia ser iniciada dentro de vários dias. O que significa que o regime e os seus aliados em Alepo vão prosseguir as suas ações na ausência de um acordo. Uma proposta que não é aceitável dada a situação em Alepo, com os relatos de ataques contra civis e infraestruturas da cidade”.

As negociações internacionais prosseguiam esta noite em Genebra, sem um acordo sobre uma possível trégua.

A ofensiva síria, apoiada pela aviação russa, tinha conseguido controlar a maioria das zonas rebeldes de Alepo em apenas quatro semanas.

Os grupos armados encontram-se agora entrincheirados em apenas dois bairros, Soukkari e Al-Machad.

Os bombardeamentos prosseguiram esta noite quando a ofensiva em Alepo leste provocou a morte de pelo menos 415 civis, num conflito que causou mais de 300 mil mortos, deslocando mais de metade da população do país.

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