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8 de out. de 2016

Rússia veta proposta de cessar-fogo em Aleppo




RTP, 08 de outubro de 2016. 



O projeto de resolução apresentado pela França no Conselho de Segurança das Nações Unidas contou com 11 votos favoráveis mas não foi aprovado. É o quinto veto de Moscovo a uma resolução da ONU quanto à resolução do conflito na Síria.

A proposta francesa para um cessar-fogo não conseguiu reunir consenso do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

A Rússia, um dos membros permanentes, vetou a proposta este sábado. Dos 15 elementos, 11 aprovaram a resolução dos franceses. Angola e China abstiveram-se, Rússia e Venezuela votaram contra.
Esta é a quinta vez que a Rússia veta na ONU uma proposta sobre a Síria, mas é a primeira vez que não é acompanhada pela China, outro membro permanente do Conselho de Segurança. 

A proibição de voos sobre Aleppo “oferece cobertura a terroristas de grupos como a al-Nusra”, justificou o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros em comunicado, acrescentando que Moscovo “está disponível” para discutir a situação de bloqueio quanto à guerra na Síria. 

Um responsável norte-americano no Conselho de Segurança lamentou o veto da Rússia e lembrou que Moscovo não pode justificar os bombardeamentos que leva a cabo em Aleppo com as “poucas centenas” de terroristas da Al-Nusra que lá se encontram. 

Além do veto da proposta francesa, o Conselho de Segurança vetou também a contra-resolução apresentada pela Rússia, que aceitava a maior monitorização da situação na Síria, mas excluía quaisquer possibilidades de cessar-fogo na zona Oeste de Aleppo. A proposta de Moscovo contou com nove votos contra por parte do Conselho de Segurança.

Nos últimos dias, tanto o Governo de Bashar Al-Assad como Moscovo têm sido alvo de fortes críticas da comunidade internacional, sobretudo devido aos recentes bombardeamentos em Aleppo. 

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, falou mesmo de possíveis “crimes de guerra”, e acusou os dois países de bombardearem hospitais e zonas de assistência, acusações que a Rússia e a Síria negam categoricamente.

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