Euronews, 03 de outubro de 2016.
Por Dulce Dias.
A Rússia suspendeu, esta segunda-feira, unilateralmente, o chamado “pacto plutónio”, concluído em 2000, com os Estados Unidos.
Moscovo justifica o decreto de suspensão com as “ações inamistosas” de Washington em relação à Rússia.
Para retomar o acordo – que prevê a reciclagem de dezenas de toneladas de plutónio provenientes de ogivas nucleares – Moscovo impõe condições.
Russia's Lavrov - suspension of plutonium accord a signal to Washington https://t.co/Xi49v7RjnN pic.twitter.com/lFDkDAvtSs— Reuters UK (@ReutersUK) 3 de outubro de 2016
A Rússia quer igualmente que os Estados Unidos reduzam as infraestruturas e as tropas presentes nos países do Leste da Europa, antigos satélites ou mesmo ex-repúblicas soviéticas que, entretanto, aderiram à NATO.
O decreto – já assinado pelo presidente russo, mas que carece ainda da aprovação parlamentar – prevê igualmente que Washington anule o chamado “Magnitsky Act” – a legislação norte-americana que prevê sanções contra todos os cidadãos russos suspeitos de implicação na morte do advogado Serguei Magnitsky, símbolo da luta anticorrupção.
Here is an unofficial translation, by CENESS in Moscow, of the decree suspending plutonium disposition. pic.twitter.com/A4SN9buhxw— Jeffrey Lewis (@ArmsControlWonk) 3 de outubro de 2016
O “pacto plutónio” integra-se na luta contra a proliferação de armas nucleares mas, na prática, nunca foi aplicado. Em 2010, Moscovo e Washington assinaram um protocolo adicional para o tornar efetivo a partir de 2018.
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