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20 de out. de 2016

Itália – melhor educação sexual vai ajudar a “combater” a violência de gênero – Gramsci, o retorno




The Local it, 20 de outubro de 2016.


 

Por Catherine Edwards


A apresentação de aulas sobre educação sexual, e consentimento, e violência de gênero no currículo escolar italiano é necessária para combater a “onda” de crimes violentos contra as mulheres, uma nova campanha argumenta. 

A associação italiana feminista FCome está fazendo lobby para que ministros italianos introduzam uma melhor educação sexual nas escolas, que acreditam ser essencial para “acabar com uma cultura de violência de gênero”. 

Só no ano passado, morreram 128 mulheres supostamente vítimas de feminicídio, enquanto milhares mais sofreram abuso doméstico ou foram perseguidas por homens, de acordo com dados da organização de direitos das mulheres Telefono Rosa. 


As ativistas acreditam que ensinar a crianças sobre sexo, relacionamentos e consentimento desde a tenra idade ajudaria a combater o problema –, mas atualmente, a educação sexual está totalmente ausente do currículo escolar italiano. 

Embora um projeto de lei de 2015 introduziu um compromisso com a sensibilização para com a discriminação com base no gênero e a violência, Alessandra De Luca, editora-adjunta do FCome, disse ao The Local que estas recomendações são "extremamente vagas”. 

De Luca disse que a lei não tem “quaisquer objetivos, prazos e procedimentos para pôr em prática as reformas”.

“O sexo é um diálogo”. 

Em uma carta aberta publicada em seu website, ativistas convocaram a Presidente da Câmara dos Representantes Laura Boldrini, e o primeiro- ministro Matteo Renzi e os ministros companheiros para introduzir reformas urgentes para melhorar a educação sexual. 

A iniciativa recebeu o apoio de 100 trabalhadores do setor público, incluindo acadêmicos, psicoterapeutas, educadores e assistentes sociais. 

Então, com o que exatamente os cursos se parecem? 

FCome explica que as escolas devem ensinar as crianças desde a tenra idade sobre diferentes identidades de gênero e, consentimento, e violência. 

O que nós devemos fazer para que as meninas e meninos saibam que o sexo é sempre um diálogo, e que eles não devem sentir vergonha de assumir o controle em afirmar que se sentem bem, ou pedir a um parceiro para fazer as coisas de forma diferente?” ela pergunta. “Isso seria maravilhoso”. 

A campanha também apela para que os jovens sejam ensinados desde cedo sobre como reconhecer diferentes formas de abuso, incluindo emocional, e Cyber-bullying e abuso físico ou sexual. 

A violência está profundamente enraizada no tabu. 

É urgente promover a mudança em nosso próprio país, onde a violência de gênero é um fenômeno grave e profundamente enraizado”, disse a presidente da FCome Lilia Giugni, que se referiu a uma “onda” de feminicídio (definição de como uma mulher é assassinada com base em seu gênero) e estupros sendo cometidos na Itália nos últimos anos. 

Quando o The Local relatou um “feminicídio” no início deste ano, numerosas organizações compartilharam a opinião de que é necessário que nas escolas se introduza a educação sexual mais abrangente, bem como educar as crianças sobre como se comportar dentro de um relacionamento. 

Estes comentários foram feitos a partir de um Centro de Terapia ofertada para homens abusivos, a Zero Violenza, uma organização que criou seus próprios cursos de formação para professores e pais, ensinando-os a discutir sexo e relacionamentos com as crianças. 

Enquanto isso, três estudantes universitários nos disseram que o assunto era um “tabu”, com um dizendo que a única vez que a violência de gênero já havia sido discutida em sua escola foi durante uma aula de PE em que as meninas eram educadas em autodefesa. 

A maioria dos [supostos] feminicídios e estupros na Itália são realizados por parceiros ou – na maioria das vezes – ex-parceiros, de acordo com dados do Istat divulgados em 2015, que também mostrou que, enquanto o número total de incidentes diminuiu ligeiramente, atos de violência são cada vez mais graves, com mais mulheres temendo por suas vidas. 

Perturbadoramente, um estudo de 2015, organizado pela instituição sem fins lucrativos, Nos Mundial, constatou que uma em cada quatro jovens italianas acreditam na violência contra as mulheres como sendo justificada por “amor”, ou exasperação com a mulher ou sua roupa. 

FCome argumenta que a falta de educação sexual na Itália contrasta com “tendências europeias mais amplas”, que viram aulas obrigatórias sobre o consentimento, incluídas em alguns currículos, e workshops sobre relacionamentos saudáveis introduzidos a nível universitário. 

Ellen Davis-Walker, a editora anglo-italiana para o FCome, diz que as oficinas definem um “grande precedente” e melhoraram a segurança para os alunos – embora eles também tenham enfrentado a reação de alguns estudantes do sexo masculino, que argumentavam que se sentiram apadrinhados ou insultados pelos cursos. 

E na Itália, os ativistas enfrentam ainda mais oposição de vários grupos católicos e socialmente conservadores que estão contra a introdução da educação sexual e de gênero nas escolas italianas. 

No entanto, Davis-Walker espera que a campanha vá “enfrentar preconceitos” e “demonstrar como todas as mulheres, homens, e pessoas não-binárias da sociedade como um todo, podem se beneficiar de uma melhor educação sobre o consentimento”. [Inclusive os pedófilos]

O conceito de consentimento, é algo quase que completamente ausente do debate italiano, e é crucial. Aos jovens deve ser ensinado a entender os seus corpos e emoções, a fim de serem capazes de consentir (ou não) a qualquer experiência com verdadeira consciência.” 

O governo italiano ainda não deu uma resposta oficial para a campanha, embora um deputado do Partido Democrata liderado por Renzi, Alessia Mosca, apoiou a iniciativa, compartilhando a carta aberta em suas contas das mídias sociais. 


A educação sexual na Itália: o debate. 

Embora não existam orientações concretas para a educação sexual em nível nacional, as escolas e regiões individuais fizeram alguns esforços para resolver o problema. 

No norte de Turim, as escolas introduziram aulas sobre relacionamentos saudáveis e consentimento no final de 2013. Estudantes também aprenderam como tratar as mulheres com respeito através de textos, enquanto as meninas, foi ensinado modos de como ficar em seu habitat. 

A todas as crianças são apresentados relatos de casos de feminicídio e abuso, a fim de que aumente a consciência da extensão do problema. 

E no ano passado, o ator pornô italiano Rocco Siffredi começou uma petição para uma melhor educação sexual nas escolas da Itália, oferecendo-se para dar aulas. 

Essa petição, dirigida ao Ministério da Educação, de Stefania Giannini, reuniu dezenas de milhares de apoiantes. 

A pornografia deve ser entretenimento, mas devido à falta de alternativas, tornou-se um meio para aprender, especialmente para os jovens”, disse Siffredi. 

Nota do editor do blog

Inacreditável, não acham? Não faz muito tempo, no dia 11 de maio deste ano o ministro Italiano deu voto de confiança para a votação do “casamento” gay na Itália. Embora se declare um católico, Renzi é um socialista, portanto, o que ele diz é uma contradição. A votação mostrou que os italianos estão realmente mudando constantemente de percepção, e que as instituições cívicas e conservadoras estão falhando na Itália – um dos países mais religiosos do mundo – tendo votação ampla para a aprovação; alguma coisa tem de errado aí! Não obstante, o ministro também é o principal responsável pela aquisição de terroristas disfarçados de refugiados que vêm para Itália.

Já houveram casos de incidentes, embora a mídia tentasse abafar, muitos outros de grupos que foram presos com ligações diretas, ou operando grandes redes de tráfico de armas no coração de células terroristas – fora estupros, entre outras coisas – isso tudo, obra das mãos de Renzi.

Embora Renzi seja um canalha de marca maior a direita italiana não é muito melhor do que a esquerda: embora repudiem a parte cultural esquerdista na forma de propostas (leis), os direitistas italianos que aparentemente – pelo que se viu nessa votação sobre esse tema polêmico no meio do ano – estão se bandeando para um lado não muito diferente do totalitarismo de esquerda. Um bom exemplo são as resoluções em parlamentos regionais em que o maior partido de direita da Itália, Lega Nord, fez com que os seus deputados reconhecessem a Criméia como território russo, por meio do voto legislativo cantonal. Putin ficou satisfeito.

Esse é o cenário atual da Itália, onde você tem uma esquerda fortíssima destruindo tudo, ao começar pelo casamento, e agora mais esta proposta. O cenário político reflete o cenário cultural das instituições cívicas e basilares da sociedade italiana. Se no Parlamento só há esquerdistas em um número significativo para que possam fazer isso, é porque as instituições falharam; e muito! Se a única proposta na política for tipos como a Lega Nord Padânia, então não há muito o que fazer, a não ser tentar erguer uma frente política; o que é ainda mais complicado, visto a proposta de reforma do primeiro-ministro. 

Agora, sobre a questão feminista: reparem nos números pífios apresentados – 128 casos, e isso, segundo a feminista é um alerta vermelho – quando ao mesmo tempo o país recebe milhões de refugiados muçulmanos. Ao contrário do que tagarela a feminista, um número desses não configura um “feminicídio” e a necessidade de leis especiais. O Feminismo em si cria dificuldades na relação homem e mulher por meio de sua luta de classe de gênero, pois inverte os papéis de família tornando a relação instável. Além de trazer consigo na cartilha um monte de outros lixos ideológicos, que fazem o papel da família transformar-se em um papel de narcisismo cultural psicopático. Como, por exemplo, uma mãe que que atribui gênero neutro ao seu filho. 

Feministas também adoram falar de “sexualização” e “objetificação” da mulher, mas querem ensinar na tenra idade aos rapazes a falar prazerosamente de sexo. Em uma cultura onde se prega suposta tolerância, e ao mesmo tempo se inverte os papéis dos casais, e ainda outorga a mulher liberdade sexual plena, de modo que o homem para ser o ideal dentro do imaginário feminista, precisa ser uma espécie de castrado, um boneco que atende aos parvos desejos da parceira.

Inclusive de ser obrigado a vê-la vestida como uma odalisca, e agir como se estivesse plenamente satisfeito, já que foi “descontruído” para isso. Reparem também que no Feminismo dessa organização não há diálogo, a não ser o diálogo de doutrinador mais doutrinado: simplesmente ignoram os contrários, dando um minúsculo espaço, de modo que dão a entender que "Conservadorismo" é sinônimo de "preconceito".

Mas para fechar com chave de ouro, um ator pornô [ler o final do artigo] diz que quer dar aula as crianças e que o que faz configura diversão, sendo assim, é um ótimo incentivo. Se ainda existem instituições na Itália, elas devem se conscientizar onde falharam, e começar a se reorganizar, pois a que ponto chegou um dos países mais religiosos do mundo. 

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