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27 de out. de 2016

Iraque: terroristas islâmicos executam civis em redor de Mossul conforme perdem terreno




Euronews, 27 de outubro de 2016. 



Uma da vilas mais afetadas pela ofensiva contra Mossul é Bashiqa, uma localidade importante na rota de abastecimento da segunda cidade iraquiana.

O recuo das forças do grupo extremista Estado Islâmico, também conhecido como Daesh, tem levado à execução de dezenas de prisioneiros provenientes de vilas e aldeias abandonadas pelos extremistas.

A maioria das vítimas seriam antigos elementos da polícia e exército iraquianos que viviam em áreas sob controlo do grupo Estado Islâmico.


As informações foram avançadas por Hoshiyar Zebari, político curdo e antigo ministro das finanças e negócios estrageiros do Iraque.

As execuções foram corroboradas por Sabry Abdullah, um residente local.

Os civis revoltaram-se e mataram vários elementos do Daesh, entre 7 a 9” disse Sabry Abdullah ao canal de notícias britânico Sky News

Interrogado sobre o que aconteceu a seguir, Abdullah afirmou que depois dos extremistas terem ido buscar reforços, “o Daesh executou cerca de 25 a 27 pessoas da minha aldeia, todas elas civis.”

As execuções começaram a ter lugar há cerca de uma semana quando após terem surgido notícias sobre o avanço das forças iraquianas e curdas.


No Iraque, onze dias após o início da ofensiva contra Mossul, um general norte-americano, Joseph Votel, estimou esta quinta-feira que entre 800 a 900 extremistas já teriam sido mortos.

O avanço em direção à segunda maior cidade iraquiana tem sido lento. Trata-se da maior ofensiva terrestre desde a invasão do Iraque em 2003 liderada pelos Estados Unidos.


As operações têm levado à deslocação de milhares de civis. Estima-se que cerca de 12 mil pessoas teriam abandonado as suas aldeias devido às operações militares.

Uma das estratégias utilizadas pelos extremistas consiste em lançar fogo aos oleodutos o que dificulta o avanço das forças iraquianas e curdas.


Milhares de pessoas continuam a fugir das zonas de combate entre o Estado Islâmico e o Exército Iraquiano, que continua a avançar no terreno pela reconquista de Mosul.

Os combates mais violentos registam-se próximo de Qayyra, a sul de Mosul, a última grande cidade iraquiana controlada pelo Estado Islâmico.

Ao nono dia da ofensiva sobre Mosul, as forças governamentais e os combatentes Peshmerga ainda lutam pela conquista de posições no exterior da cidade.

Segundo organizações humanitárias, os combates já provocaram a fuga de mais de 10 mil pessoas.

No Iraque, 11 campos de refugiados já estão a ser preparados, em antecipação ao deslocamento, em larga escala, de civis que fogem de Mosul. A ONU estima que pode vir a existir um milhão de refugiados.

No final do ano, os campos terão capacidade para receber 120 mil pessoas. O ACNUR vai assegurar 30.000 tendas adicionais e 50.000 abrigos de emergência para famílias em trânsito.

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