Euronews, 29 de setembro de 2016.
As famílias das vítimas dos atentados do 11 de setembro podem agora processar a Arábia Saudita. Um tribunal norte-americano deu-lhes legitimidade, para argumentar que o regime saudita apoiou os terroristas envolvidos nos ataques.
Quinze dos 19 piratas do ar eram sauditas. Mas nunca foi provada a responsabilidade do Arábia Saudita. Até agora, os Estados Unidos tentaram proteger este aliado no Médio Oriente. Nesta quarta-feira, o Congresso dos Estados Unidos anulou o veto do presidente Obama e o “Justice Against Sponsors of Terrorism Act” passou a lei.
O Senado aprovou a lei, seguido pela Câmara dos Representantes. A lei altera o conceito de imunidade soberana que protege os estados e os seus funcionários de serem processados noutro país. “Quinze anos depois da tragédia ainda estamos a apurar os fatos, mas há evidências que o governo saudita ou pelo menos organizações e operacionais, dentro do governo saudita, ajudaram e incitaram um dos maiores crimes nos Estados Unidos”, diz o senador democrata do Cannecticut, Richard Blumenthal.
No entanto, existe alguma inquietação em torno das consequências que esta nova lei pode ter para a política externa dos Estados Unidos.
Os sauditas têm tido relações tensas com a administração de Obama. Negam qualquer tipo de implicação nos atentados do 11 de setembro, que mataram, aproximadamente, 3 mil pessoas e estão a exercer pressão para fazer cair a lei.
No entanto, a lei abre um precedente. Com a desculpa da reciprocidade, esta lei pode levar os governos estrangeiros a condenar soldados ou diplomatas norte-americanos.
A conflicted congress may turn the International order with #JASTA, U.S will become the 1st victim of its own bill pic.twitter.com/qX9X54Ns9P— إنفوجرافيك السعودية (@Infographic_ksa) 18 de setembro de 2016
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