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6 de ago. de 2016

Líder chinês busca poder hegemônico durante 6ª plenária do Partido Comunista Chinês

Sessões plenárias do Partido Comunista Chinês são normalmente realizadas no Grande Salão do Povo em Pequim, China


Epoch Times, 06 de agosto de 2016.



Xi Jinping está próximo de desmantelar a rede política rival encabeçada pelo ex-líder chinês Jiang Zemin






A obediência política da alta liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) está na agenda de uma reunião crítica dos quadros da elite do regime no final deste ano. A agenda da reunião e o período do anúncio, quando vistos no contexto das políticas recentes do atual líder chinês Xi Jinping, prenunciam a remoção de altos funcionários do PCC no futuro próximo.


Em 26 de julho, uma reunião do Politburo, presidida por Xi Jinping, decidiu que a 6ª sessão plenária do 18º Comitê Central do PCC abordará o “grande problema de governar rigorosamente o Partido”, bem como a atualização de dois regulamentos do Partido sobre a disciplina de seus quadros ou membros, de acordo com a mídia estatal Xinhua.

Também foi acordado na reunião do Politburo que “órgãos principais e funcionários dirigentes em todos os níveis e, fundamentalmente, os quadros no Comitê Central, no Politburo e no Comitê Permanente do Politburo” têm que “reforçar e normalizar sua vida política dentro do Partido.” Xi Jinping fez comentários semelhantes em duas reuniões anteriores.

Plenárias do PCC são atendidas pelos 376 membros do Comitê Central, que nominalmente elegem a liderança do regime. (Na realidade, os candidatos são decididos por meio de um processo político bastante conflituoso e obscuro.) As principais políticas e os apontamentos para os cargos mais importantes são normalmente anunciados durante estes plenários que ocorrem ao longo de vários dias em outubro.

O anúncio da agenda da 6ª Plenária veio muito mais cedo este ano. Nos últimos cinco anos, o anúncio foi difundido entre 10 dias e duas semanas antes da reunião.

Em 2014, no entanto, Xi Jinping determinou os pontos de discussão para a 4ª Plenária em 29 de julho. Mais tarde naquela noite, a mídia estatal informou que Zhou Yongkang, o ex-chefe da segurança pública e um membro do Comitê Permanente do Politburo, estava sendo investigado por corrupção.

A prisão de Zhou Yongkang chocou a muitos porque era amplamente assumido que o Partido Comunista proibia a punição de antigos e atuais membros do Comitê Permanente do Politburo.

Desde que assumiu o poder no final de 2012, Xi Jinping tem gradualmente consolidado seu controle sobre o regime à medida que desmantela a rede política rival encabeçada pelo ex-líder chinês Jiang Zemin por meio de uma campanha anticorrupção.


Sinais do que analistas têm chamado de uma “luta de vida ou morte” entre Xi Jinping e Jiang Zemin têm emergido com mais intensidade recentemente.

Em discursos oficiais publicados este ano, Xi Jinping alertou sobre quadros formando “panelinhas e cabalas” para “naufragar e dividir” o Partido Comunista. E Liu Yunshan, o chefe da propaganda e aliado de Jiang Zemin, parece ter coordenado vários esforços recentes do aparato de propaganda para desacreditar Xi Jinping.

O anúncio precoce e a substância da agenda da 6ª Plenária, no entanto, sugerem que o equilíbrio de poder está pendendo em favor de Xi Jinping.

Normalmente, veteranos do PCC como Jiang Zemin exercem influência desmedida na decisão sobre os temas de discussão das sessões plenárias. Este processo ocorre geralmente em agosto durante uma reunião não oficial, mas vital, chamada reunião de Beidaihe. As últimas notícias indicam que Xi Jinping está avançando com sua própria agenda para a plenária de outubro.

Não está claro se a reunião de Beidaihe realmente ocorrerá este ano. A versão chinesa da Deutsche Welle informou recentemente que não haveria a reunião.

Os problemas de disciplina do PCC a serem discutidos em outubro, juntamente com um novo regulamento do Partido visando o possível processamento e julgamento de quadros do mais alto escalão do regime por abuso de poder e indisciplina, poderiam abrir o caminho para Xi Jinping remover os últimos aliados de Jiang Zemin em posições de liderança e, eventualmente, liquidar com o próprio Jiang Zemin.

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