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5 de ago. de 2016

França - Loja francesa corre o risco de fechamento por não vender álcool e carne de porco





The Local Fr, 05 de agosto de 2016. 



A um pequeno supermercado nos subúrbios de Paris, a quem foi dito que se não começasse a vender álcool e carne de porco, então iria ser fechado. 

O que exatamente um “supermercado geral” precisar vender a fim de fornecer algo a sua comunidade? 

Esta é a questão que tem causado um desacordo entre um lojista, um administrador de habitação [proprietário], em Colombes, nos subúrbios do norte e oeste de Paris. 

O supermercado Bom Preço – uma “Alimentation générale” – foi acusada de não querer providenciar produtos a comunidade, pois diz não vende carne de porco ou álcool. [Ênfase minha]

Embora possa soar como não sendo grande coisa para alguns, os residentes locais se queixaram de que eles têm de sair para muito mais longe para pegar uma garrafa de vinho para o jantar. 

O Chefe da administração do local que também é um proprietário da loja, Olivier Virolle, entrou com um recurso para rescindir o contrato de arrendamento, porque ele diz que o lojista atual não está respeitando as condições do contrato, ou seja, da loja cumprir o seu papel em ser um “supermercado geral”. 

“É um supermercado comunalista, não apenas por causa de estar lá, mas também pelo que está lá, ou seja, para vender tapetes de oração e 95% de carne, sendo ela Halal”, Virolle disse ao Le Parisien Jornal




O jornal observou que a loja tinha um “ambiente oriental” completo, com alguns itens decorados com escrita árabe. 

Virolle acrescentou que o prefeito tinha feito uma visita e pediu a loja para instalar um pequeno local para álcool e um caixa “para atender às necessidades da comunidade”, e que não podia necessariamente ir até outra loja mais próxima, pois de acordo com os mapas do Google está a cerca de um quilômetro de distância. 

O homem que administra o supermercado Bom Preço, Soulemane Yalcin, disse ao jornal que suas escolhas não eram nada mais do que, apenas “negócios”. 

“Eu olho em volta de mim e direciono o meu alvo, e o que vejo são lojas de alimentos e atividades gerais relacionadas. E o estado de arrendamento [lucros] –, mas tudo isso depende de como você interpreta as atividades relacionadas [das lojas]”, disse ao jornal. 



Ele acrescentou que escolheu não vender álcool ou carne de porco por causa dos problemas de entrega e segurança “há um grande número de perdas no departamento de deli [comestíveis]”. 

O lojista contratou um advogado e o caso está definido para chegar aos tribunais em outubro. 

A notícia vem poucos meses depois de outra loja muçulmana na França, desta vez em Bordeaux, cair em desgraça com a lei e ser multada em € 500 em abril, depois de ter oferecido horários de funcionamento “sexistas a mulheres”, convidando “irmãs aos sábados e domingos somente”. [Ênfase minha] 

E notícias de sexta-feira marcam a segunda vez em dois dias em que os membros da comunidade muçulmana da França foram acusados de atividade “comunalista”, depois que uma organização muçulmana privatizou uma piscina no interior do sul da França para dar uma festa em que chamam de “Burquini”. [Ao invés biquínis, burcas].

O prefeito local está tomando ações para cancelar o evento, alegando que era susceptível de causar desordem pública. 



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