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29 de ago. de 2016

Alemanha – “nações da União Europeia não devem recusar imigrantes muçulmanos,” diz Merkel – convite suicida





The Local De, 29 de agosto de 2016. 



A recusa de alguns países da União Europeia em aceitar refugiados muçulmanos é “inaceitável”, disse a Chanceler Ângela Merkel neste domingo pedindo que as quotas de refugiados sejam divididas em todo o bloco. 

Isso não está totalmente certo como alguns países dizem: ‘de um modo geral, não queremos ter os muçulmanos em nossos países’”, disse Merkel ao canal de televisão público ARD. 

Apoiando a ideia de um sistema de quotas para receber imigrantes a líder alemã sublinhou que “todos devem fazer a sua parte”, e que “uma solução comum deve ser encontrada.”


Uma política europeia comum de imigração é uma questão altamente controversa, que estará na ordem do dia de uma cúpula da União Europeia no próximo mês, conforme os membros do leste República Checa, Hungria, Polônia e Eslováquia recusam-se a acolher refugiados no âmbito de um sistema de quotas a nível da União Europeia e defendido por Berlim. 

O presidente eslovaco Robert Fico [socialista pró-Rússia] prometeu que ele “nunca trará um único muçulmano” para o seu país. 

Em 2015, a Alemanha assumiu cerca de um milhão de requerentes de asilo, a maior parte da Síria, Iraque e Afeganistão, e este ano é esperado a chegada de 300.000 ou mais, o Escritório Federa para os Imigrantes e Refugiados (BAMF) disse no domingo. 

Podemos garantir serviços mais eficientes para até 300.000. Se mais pessoas chegarem, isso nos colocará sob pressão, então poderíamos ir para o chamado modo de crise. Mas, mesmo assim, não teríamos condições como no ano passado,” disse o chefe da BAMF Frank-Jurgen Weise ao jornal Bild am Sonntag. 

A decisão de Merkel em setembro passado para abrir as portas para os requerentes de asilo foi, visto por muitos europeus, propriamente do leste, como um convite para uma maior imigração em massa. 

Alguns, como o líder da Eslováquia, manifestou temores do surgimento de uma comunidade muçulmana significativa em seus países. 

Na terça-feira, o primeiro-ministro checo Bohuslav Sobotka disse que não quer uma “grande comunidade muçulmana... dados os problemas que estamos vendo” e que cada membro da União Europeia deve ser capaz de escolher quantos imigrantes querem aceitar. 

O sentimento do público alemão está fortemente dividido quando se trata de Merkel, que ainda não disse se ela vai tentar um quarto mandato em uma eleição geral prevista para setembro ou outubro do próximo ano.  

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