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6 de jun. de 2016

Jordânia: 5 mortos em ataque junto a campo de refugiados, 1 suspeito detido




Euronews, 06 de junho de 2016. 



Por Francisco Marques | Com PETRA, JORDAN TIMES, REUTERS



Cinco pessoas morreram esta segunda-feira na sequência do ataque a um posto de segurança junto ao campo de refugiados de Baqa’a, 20 quilómetros a norte da capital da Jordânia, Amã. O principal suspeito já foi detido, informou o porta-voz do governo e ministro da Comunicação Social, Muhammad Momani.




O ataque aconteceu pelas sete horas da manhã locais (quatro da manhã em Lisboa). As vítimas mortais, de acordo com a agência de notícias local, a Petra, são três agentes dos serviços de segurança jordanos, uma sentinela e um operador telefónico do posto.


As suspeitas iniciais do porta-voz do governo jordano, citado pela agência de notícias Petra, apontavam para “um ataque terrorista”. “É um bom exemplo do comportamento criminoso e do extremismo destes terroristas”, terá dito, na altura, Muhammad Momani. Os primeiros indícios recolhidos pela investigação do Departamento Geral de Inteligência (GID, na sigla em inglês) apontam agora para um ataque isolado com motivações ainda por clarificar.




Um antigo deputado jordano, Mahmoud Kharabsheh, condenou o ataque e considerou-o “um ato de cobardia”. “Posso assegurar-vos de que este foi um ataque tangencial levado a cabo aqui porque eles não foram capazes de atingir importantes alvos. Foi por isso que atacaram o posto do campo de Baqa’a, situado numa rua principal, a Irbid, a estrada que liga a Jordânia à Síria”, explicou.



Baqa’a é o maior campo de refugiados palestinianos da Jordânia. Criado em 1968, após a guerra que levou à fundação de Israel, alberga mais de 70.000 pessoas. As suspeitas da origem do alegado ataque terrorista recaem num crescente atrito entre jordanos e os compatriotas descendentes de palestinianos ou numa vingança de afiliados do “Daesh”, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico, devido à participação da Jordânia na aliança militar liderada pelos Estados Unidos que combate os “jihadistas” no Iraque.

Uma investigação foi lançada ao ataque desta segunda-feira ao posto de segurança junto ao campo de refugiados. Meios de comunicação locais estão a adiantar a detenção de pelo menos dois suspeitos.

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