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31 de mai. de 2016

Suíça – Luz verde para gays adotarem enteados

Simonetta Sommaruga



 

SWI, 31/05/2016




Os homossexuais devem ser autorizados a adotar os filhos de um parceiro, concordou a maioria dos parlamentares suíços. Os casais amigados que coabitam devem ter o direito de adotar um enteado.

Estas alterações na lei de adoção suíça foram aprovadas na Câmara dos Representantes na segunda-feira. A legislação já havia sido aprovada pelo Senado.
 
A lei atual restringe a adoção de enteados por casais. As mudanças vão tornar possíveis as adoções a todos os casais, independente do estado civil ou orientação sexual. A extensão dos direitos de adoção aos pais gays e lésbicas passou facilmente pela casa – com 127 a 60 votos, e duas abstenções.
A oposição veio principalmente do Partido do Povo Suíço e dos democratas-cristãos.

Casais não casados.
 
A extensão dos direitos de adoção para casais que vivem uma relação fora do casamento ou de uma parceria registrada passou apertadamente, com 95-92, com duas abstenções. Aqueles que argumentaram contra, alegaram que se as crianças estão vinculadas a um pai [biológico], então os pais devem estar ligados um ao outro [legalmente, no matrimônio].

Aqueles a favor observaram que a revisão da lei reflete o fato de que mais e mais crianças estão sendo levadas pelos casais amigados.
 
A mudança não permitirá que casais do mesmo sexo adotem crianças de outras pessoas. No entanto, a lei atualmente permite que os indivíduos tomem crianças dadas a adoção.

A Ministra da Justiça, Simonetta Sommaruga disse que o direito da família liberal deve deve refletir a forma como as pessoas vivem – caso contrário, os mais fracos irão sofrer, ou seja, as crianças.
 
Se você não gosta do fato de que adultos estão vivendo juntos sem uma certidão de casamento, não puna as crianças por isso”, disse Sommaruga.


Nota do editor 

“Se você não gosta do fato de que adultos estão vivendo juntos sem uma certidão de casamento, não puna as crianças por isso”, disse a Ministra. Mas ela só não diz que o sofrimento de crescer sem um pai e uma mãe de verdade é ainda pior. Pais de proveta se separando não constitui sofrimento para criança, não ter pais de verdade, desempenhado o seu papel biológico na relação é o que constitui.

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