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27 de mai. de 2016

Secretária Britânica do Interior Theresa May diz que a: “Grã-Bretanha se beneficia e muito da lei Xaria”

Theresa May lunática


ExpressUK, 27 de maio de 2016.





A secretária do interior fez as declarações controversas enquanto anunciava que o governo está definindo investigações do “mau uso” da lei islâmica para subjugar mulheres. 

A tory de alto escalão, senhorita May, quer que a Grã-Bretanha permaneça na União Europeia, e insistiu que o inquérito não visa a legalidade dos tribunais da lei Xaria, em uma ação para tranquilizar os muçulmanos. 

Em vez disso, vai se concentrar em casos em que a doutrina islâmica tradicional está sendo “explorada” para discriminar as mulheres muçulmanas. 


Acredita-se que há cerca de 100 cortes da lei Xaria que operam em todo o Reino Unido, dispensando a justiça islâmica fora do âmbito de nosso próprio sistema legal. 

Acordos proferidos pelos tribunais informais não têm base legal, mas há temores de que sua presença significa que muitas mulheres muçulmanas não estão recebendo o acesso à justiça que merecem. 

Mas, em uma intervenção controversa a senhorita May reivindicou que hoje muitos muçulmanos britânicos “se beneficiam muito” de sua existência. 





Surgiu hoje nas mídias sociais comentários furiosos contra os comentários da secretária do interior, que foram tachados como sendo “inacreditáveis”.

Belinda Wood tuitou: “Theresa May vê benefícios na Xaria!!! O que está acontecendo, uma segunda corte para aqueles que querem um sistema de direito derivado daqueles que querem destruir a democracia.”.

Outro usuário chamado Lithland disse: “Enquanto Theresa May explora os benefícios da lei Xaria, a Arábia Saudita proíbe que tirem fotos, por ser ‘demasiado ocidental’. Eu odeio esta ilha séptica.”. 

Em um terceiro, um sujeito com o nome P.Pink, simplesmente respondeu: “Deus nos ajude, e até o ateu”. 

Nile Gardiner, uma analista de política externa e ex-assessora de Margaret Thatcher, também estava impressionada com os comentários, descrevendo-os como “inacreditáveis”. 





As observações da senhorita May vieram após ela lançar uma investigação, liderada pelo professor Mona Siddiqui, para investigar o tratamento de mulheres em casos envolvendo divórcio, violência doméstica e guarda dos filhos. 

Ela disse: “Muitas pessoas britânicas de diferentes credos seguem os códigos e práticas religiosas, e se beneficiam muito com a orientação que elas oferecem. Um número de mulheres teriam sido alegadamente vítimas do que parece ser as decisões discriminatórias tomadas pelos conselhos da Xaria, o que é duma preocupação significativa. Há apenas um estado de direito em nosso país, que prevê direitos e segurança para todos os cidadãos. Professor Siddiqui, apoiado por um painel com um forte equilíbrio de especialização acadêmico, religioso, vai nos ajudar a compreender melhor se na medida em que a lei Xaria está sendo usada e mal explorada, ou fazendo recomendações ao governo sobre a forma de resolver esta questão.”.


A revisão, que vai durar até 18 meses, e vai investigar se há casos em que a lei britânica está sendo quebrada em nome da Xaria. 

Ela também vai tentar catalogar o número de tribunais islâmicos e os conselhos que operam em toda a Grã-Bretanha pela primeira vez. 

Mas a senhorita May foi rápida em enfatizar que o inquérito só vai olhar como as ideias da Xaria estão sendo “usadas ou exploradas” em vez de um exame mais amplo para saber se o próprio ensino discrimina as mulheres. 

Em uma declaração ministerial anunciando a revisão o ministro, senhor Ahmad de Wimbledon insistiu: “Não vai ser uma revisão da totalidade da lei Xaria, que é uma fonte de orientação para muitos muçulmanos no Reino Unido.”. 

O professor Siddiqui acrescentou: “Numa altura em que há muito foco sobre os muçulmanos no Reino Unido, esta será uma ampla revisão, atempada e exaustiva sobre o que realmente acontece nos conselhos da Xaria. 

Mas a Baronesa Cox, uma Lorde independente que tem liderado uma unidade Parlamentar para conter tribunais da Xaria não oficiais, disse que era perigoso que a investigação pudesse se tornar uma “distração” da urgência para o combate à discriminação. 

Ela disse: “Acho que o governo pode muito bem dizer ‘vamos esperar até que os resultados das investigações saiam’, mas precisamos agir agora. Minha ressalva é que ela não vai chegar à raiz do problema. Um monte de mulheres muçulmanas que conheço dizem que os homens em suas comunidades apenas riem dessa investigação proposta, e que eles vão passar à clandestinidade, por isso a investigação terá que ser muito mais robusta.”. 

Ela também criticou a discriminação contra as mulheres e a insistência da senhorita May em apenas trazer resultados sobre um “abuso” do ensino da Xaria, em vez de enquadrar o próprio ensino da Xaria [ênfase adicionada]

A Lorde disse: “Eu acredito na liberdade de religião e eu acredito que existem aspectos da lei Xaria que não tem nenhum problema [óh céus!]. Se os muçulmanos querem abster-se, assim os cristãos o fazem na Quaresma, se quiserem orar cinco vezes por dia, isso é mais do que eu faço. Mas os aspectos que estão causando essas preocupações – de como que um homem pode se divorciar de sua esposa dizendo ‘me divorcio de você’ três vezes, o que é inerente, o direito a ‘castigar’ mulheres, o que é inerente, a poligamia que é inerente. Eu não acho que essas coisas são umas distorções da lei Xaria. Estes são aspectos da lei Xaria que são inaceitáveis.”. 


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