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16 de mai. de 2016

Há 50 anos Mao Zedong deu início a uma campanha que assassinou 2 milhões de chineses




Zenite, 16 de maio de 2016.






No dia 16 de maio de 1966 começava a “revolução cultural”. Um período totalmente ignorado hoje em dia. Publicamente não se fala nada.

Há exatos 50 anos, no dia 16 de maio de 1966, Mao Zedong deu início a uma campanha que assassinou 2 milhões de pessoas e enviou para os campos de concentração – lager – outras 4 milhões.

Começava assim a “revolução cultural”. Na tentativa de esconder da população o grande fracasso da Campanha “Grande Passo adiante” – que levou à morte mais de 35 milhões de pessoas – Mao incentivou os jovens a eliminarem os “Velhos” do Partido a fim de “limpar” a sociedade.


Uma autêntica guerra civil na qual os filhos condenaram à morte os pais, os estudantes os seus professores, os jovens Soldados vermelhos os anciãos do partido e do exército. Estima-se que no período, que durou até a morte de Mao em 1976, pelo menos 1,7 milhões de pessoas foram mortas. Outros 4 milhões de chineses foram para a prisão ou o lager; entre esses muitos intelectuais, profissionais, personalidades religiosas.

Segundo editorial publicado hoje na Agência Asia News, escrito por pe. Bernardo Cervellera, sob o slogan de uma “revolução permanente”, Mao levou os jovens a lutar e destruir os “quatro velhos”: os costumes, as tradições, a cultura, o pensamento. Além das pessoas, foram destruídos livros, pinturas, edifícios, templos, congelando por mais de 10 anos estudos e aprofundamentos sobre a cultura chinesa, religiões, relações com universidades e comunidade internacional (dentre as quais também a Igreja e o Vaticano).

Um período totalmente ignorado hoje em dia. Publicamente não se fala nada.

Hoje mesmo nenhum grande jornal na China recordou este aniversário. Dentro do próprio partido comunista não existe autorização para estudar e debater sobre tal tema.

O editor de Asia News acusa que o grande problema de tal esquecimento histórico é que muitos observadores da China afirmam que o País está se encaminhando a uma nova Revolução Cultural. Grande prova disso é o controle sobre a mídia, internet, ensinamentos acadêmicos, religiões, como também o crescimento de um novo culto da personalidade do presidente  Xi Jinping.

No dia 2 de maio desse ano, na praça Tiananmen, houve um espetáculo oficial no qual um coral de 56 flores homenageou Mao com “canções vermelhas”, na qual se exalta “o sol eterno do pensamento de Mao Zedong”.


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