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7 de abr. de 2016

UK - uma trabalhadora cristã perdeu um apelo sobre liberdade de expressão para uma colega muçulmana sobre questões de fé

Victoria Wasteney






ChristianConcern, 07/04/2016





Victoria Wasteney, uma terapeuta NHS [Serviço Nacional de Saúde] que foi punida por dar um livro cristão a uma colega muçulmana, e perdeu um recurso recentemente contra a decisão do Tribunal do Trabalho.

Em uma decisão proferida hoje, o juiz Eady QC confirmou a decisão do Tribunal, que o SNS tinha agido razoavelmente em disciplinar Victoria.
 
A decisão de hoje levanta sérias duvidas sobre qualquer cristão na mesma posição que Victoria de estar protegido, caso manifeste sua fé no local de trabalho.
Victoria está consultando advogados do Centro Legal Cristão, enquanto ela considera como responder diante do julgamento.

Acredita na amizade verdadeira.

Victoria, que é Chefe de Terapia Ocupacional Forense em um hospital de Londres, foi suspensa por nove meses e, em seguida, recebeu uma advertência por escrito na sequência das alegações de “assédio e intimidação por um membro muçulmano da equipe”.

Um painel disciplinar interno rejeitou cinco queixas contra ela, mas manteve três dizendo que Victoria estava errada em ter:

Convidado sua colega para vários eventos organizados pela igreja.
Orado com a sua colega (apesar de ter permissão para fazê-lo).
Dado a ela um livro sobre o encontro de uma mulher muçulmana com o Cristianismo.
Isto tinha ocorrido ao longo dum período de vários meses, no contexto do que Victoria acredita ser uma amizade genuína.

Em abril do ano passado, o Tribunal do Trabalho decidiu que seu empregador NHS tinha agido razoavelmente em disciplinar Victoria.

Após uma audiência em outubro passado, foi concedida a Victoria permissão para apelar, depois que o juiz Eady QC disse que o Tribunal de Apelações do Trabalho deve considerar se a decisão original tinha sido aplicada adequadamente a Convenção Europeia de forte proteção à liberdade de religião e de expressão e Direitos Humanos.


Discriminada.

Respondendo a decisão de hoje, Victoria disse:

O que o Tribunal claramente não conseguiu fazer foi dizer como, no mundo politicamente correto de hoje, como qualquer cristão que entre em uma conversa qualquer com um colega de trabalha sobre o tema religião, pode eventualmente, acabar em um Tribunal do Trabalho?

Se alguém lhe enviar mensagens de texto amigáveis, como saber que se escandalizaram? Eu não tinha ideia que eu a estava perturbando. Por exemplo, foi enviada a mim a seguinte mensagem de texto pela queixosa muçulmana: “Espero que esteja tudo bem com você Victoria, eu acho você uma gerente incrível e uma pessoa maravilhosa, e espero que você nunca se sinta de outra forma! Qualquer um pode ver que é uma idiota, até amanhã”.

Acredito que o NHS escolheu a mim para disciplinar porque o Cristianismo já é tão desrespeitado. Anteriormente um serviço de culto cristão que configurei para pacientes foi cancelado, mas o alojamento para os muçulmanos praticarem sua fé é inteiramente facilitado e incentivado.
Marginalizados e ameaçados.

Andrea Williams, chefe-executivo do Centro Legal Cristão que está dando apoio a Victoria, comentou:
Semana após semana os cristãos são marginalizados, ameaçados, e também sofre disciplina simplesmente por realizar conversas normais sobre sua fé, o que acaba saindo caro para eles.

O Reino Unido tem uma base sólida arraigada no Cristianismo que nos trouxe a liberdade e o florescimento. O nosso sistema de ensino NHS foi iniciado pelos cristãos – motivados por sua fé. Nosso sistema legal foi fundado em valores cristãos e agora o vemos assim. É um dos sistemas jurídicos mais liberais e anticristãos no mundo ocidental.
 
Precisamos de uma revisão radical do equilíbrio de direitos neste país que está inclinado a favorecer religiões e ideologias diferentes do Cristianismo. Isso é irônico, dado que o Cristianismo que tem dado liberdade a nossa sociedade, tolerância e hospitalidade.


Nota do editor

Este é o Reino Unido do “conservador” David Cameron, do Partido “Conservador” britânico. Estes problemas se estendem e vão além deste. O Partido Conservador Britânico, que um dia foi de Margaret Thatcher e Winston Churchill, hoje é uma grande decepção. David Cameron favorece os muçulmanos em tudo, e, ao mesmo tempo, faz pesar sobre os cristãos as leis antidiscriminação, que, se for levado em conta a aplicação para outros grupos, parece praticamente inócua. Ler a Bíblia nas escolas é punível por lei, assim como pregar nas ruas de Londres; o mesmo vale se você tiver uma posição bíblica a respeito do casamento. Ao contrário do que os meus compatriotas liberais dizem sobre o Reino Unido e o seu “conservador” o país de fato não vive sob um regime democrático, com um partido legitimamente de direita, e vários analistas chegam a esta conclusão: o Partido Conservador Britânico é esquerdista.

A coisa chegou a tal ponto que um juiz britânico declarou que o Reino Unido não é mais cristão; e apesar das idas e vindas do Primeiro Ministro a TV em dia de Páscoa, para alertar que eles “ainda” são cristãos, o público não leva a sério, e muito menos visando sua atuação política, por um partido que sempre prezou esses valores no passado, e hoje não passa duma piada, onde fizeram um manifesto em defesa do “casamento gay”, equiparando-o ao casamento tradicional monogâmico.

O Partido Republicano (GOP) também não está muito atrás: o governador da Geórgia recentemente deu para trás quando alguns conglomerados de corporações ameaçaram não mais investir no estado, caso o governador mantivesse uma lei que dava proteção aos cristãos, desobrigando-os de ter de oferecer serviços com lobby homossexual, e multa, caso rejeitassem oferecê-los. O governador simplesmente achou mais importante o investimento no estado, acima da proteção dos direitos fundamentais dos seus cidadãos: o governador é do Partido Republicano. Isso mostra que, com o tempo, os partidos tidos como os mais tradicionais e que inspiram confiança passam por uma transformação, e acabam por mudar radicalmente. O que o governador fez é indigno do GOP. Mas ele representa a mudança, assim como os seus homólogos Rand Paul e Ron Paul – e, claro, Paul Ryan.

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