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15 de mar. de 2016

Tiroteio em Bruxelas durante operação policial na perseguição aos suspeitos jihadistas dos ataques em Paris







RTP, 15/03/2016

 
 

 
O tiroteio aconteceu durante uma operação policial relacionada com os atentados terroristas de Paris, em novembro do ano passado. Pelo menos dois atiradores encontram-se em fuga. Quatro polícias ficaram feridos, confirmaram ao fim da tarde as autoridades federais belgas.

Segundo um porta-voz da procuradoria belga, os agentes da polícia foram visados por disparos durante uma operação na comuna de Forest.

O tiroteio aconteceu na rua de Dries, perto da Gare de Midi, uma zona muito movimentada nos arredores de Bruxelas. A zona foi entretanto encerrada ao trânsito.
Os incidentes começaram quando já passavam das 14h00 em Lisboa. As autoridades belgas avançaram que três polícias ficaram feridos, um dos quais com gravidade, em duas rajadas de tiros ocorridas no apartamento.




A RTBF diz que novos disparos foram ouvidos no local quando eram cerca de 15h45 em Lisboa e novamente pelas 17h15 portuguesas, durante operações de perseguição aos suspeitos, pelo menos três, que se encontravam no apartamento e que fugiram.

Ao fim da tarde, o porta-voz da Procuradoria federal, Eric Van der Sypt, confirmou que um quarto polícia foi atingido durante as operações de perseguição dos terroristas.

A rádio Brussels Nieuws afirmou que um dos três atiradores tinha sido "neutralizado" pelas autoridades belgas, mas estas desmentiram oficiosamente a informação, pouco antes das 17h00 portuguesas.

Suspeito neutralizado
Uma hora depois, o diário belga DH confirmou afinal que um dos homens, localizado  num jardim a partir de um helicoptero, foi efetivamente neutralizado, sem precisar se foi detido ou morto. Fontes policiais afirmam que foi abatido, de metralhadora na mão, refere a RTBF.

A mesma cadeia noticiosa diz que se tratava de uma operação para a qual não tinham sido mobilizados grandes meios.

O apartamento teria sido arrendado com um falso nome e as autoridades acreditariam que estaria vazio. A investigação procurava sobretudo indícios.

À chegada, os agentes da polícia federal viram-se sob ataque e começaram de imediato a disparar a partir da porta, afirma a RTBF. Os atiradores fugiram depois pelos telhados
Creches e escolas evacuadas.

No apartamento foram encontradas muitas espingardas mas as autoridades receiam que os terroristas tenham levado com eles armas e munições, provavelmente pelo menos uma Kalashnikov, de acordo com o correspondente da RTP, António Esteves Martins.

Sob essa possibilidade houve a hipótese de se desencadear uma tomada de reféns, possivelmente envolvendo crianças, já que esta é uma zona residencial.

Os homens foram vistos a fugir perto de uma das duas creches ali próximas. Ambas, assim como as duas escolas da zona fecharam as portas enquanto as autoridades estudavam a sua evacuação.

Na rua Saint-Dennis, perto da rua de Dries, as autoridades estabeleceram um centro de acolhimento de pais dos alunos.

A polícia confirmou depois que as 36 crianças de uma das creches, "Les petits matelots", foram todas retiradas pelas traseiras, cerca das 16h45 (hora de Lisboa). As crianças puderam ser levadas pelos pais. Os outros estabelecimentos terão sido também esvaziados, afirma a RTBF.

A força policial for entretanto reforçada pelo exército durante a tarde.

Testemunhas no local, afirma a RTBF, afirmam ter ouvido a polícia a intimar os suspeitos a render-se, cerca das 15h00 em Lisboa. Ligação aos ataques de Paris O ministro francês do Interior confirmou que a polícia gaulesa também estava a participar nesta operação policial. As buscas estão relacionadas com os atentados de Paris que, em novembro de 2015, mataram 130 pessoas.

Na altura, a investigação permitiu concluir que os ataques tinham sido preparados na Bélgica, país no qual várias pessoas acabaram por ser detidas. Segundo Le Monde, oito pessoas permanecem em detenção provisória.

Salah Abdeslam, de 26 anos, um dos principais suspeitos dos atentados de novembro, permanece em lugar desconhecido e, confirmaram fontes policiais francesas, não era alvo desta operação.

"A operação não visava Salah Abdeslam mas pessoas relacionadas com um ou mais dos onze suspeitos belgas," afirmou esta fonte. A informação doi confirmada à AFP por uma outra fonte próxima do dossier.

Nota do editor

Artigo em Português lusitano. Bruxelas, sede dos terroristas da Europa, e também um verdadeiro bazar de armas ilegais, agora enfrenta os suspeitos jihadistas de estarem envolvidos nos atentados em Paris nas ruas.

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