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14 de mar. de 2016

Primeiro Ministro iraquiano: Exército iraquiano não tem “forças o suficiente” para libertar regiões do Iraque ocupadas pelo Estado Islâmico.



O Estado Islâmico não será destruído, exceto por forças terrestres. E aqueles que têm não vão usá-las para isso. E aqueles que deveriam usar não as têm



Telegraph, 13/03/2016. (Graças a Jihad Watch, Por Robert Spencer)



Por Richard Spencer


Quando estava começando a virar a maré contra o Estado Islâmico, o Iraque fica sem dinheiro.

Atrás das linhas de frente no deserto do Iraque, onde a Polícia da província de Nínive está treinando para retomar suas bases entorno de Mosul, há escassez de apenas uma coisa: armas.

“Eles não foram reagrupados desde a queda de Mosul”, disse o major Ayman, de pé em frente a sua linha de homens de uniformes azuis. “Nós temos esperado aqui por cinco meses, mas não temos armas”.

As Forças Armadas Iraquianas foram recepcionadas com a fulminante critica internacional após suas performances desastrosas, quando Estado Islâmico do Iraque num levante varreu boa parte do Iraque ocidental e do norte há dois anos.

E só agora começou a ganhar alguns aplausos, por ter conseguido recuperar a cidade de Ramadi, e com a ajuda de milicianos xiitas e membros de tribos sunitas, que colocaram o ISIL em retirada através das províncias de Anbar e Salaheddin.

Há mesmo rumores de uma ação para retomar a cidade de Mosul. Mas fazer isso por terra tem se tornado improvável.

O chefe de gabinete, o tenente-general Othman Al-Ghanimi, elogiou recentes avanços por parte do exército. Há dez dias, as forças do governo iraquiano limparam 50 milhas a oeste através duma área desértica conhecida como Jazeera Samarra – enquanto tentavam avaliar o cerco de 18 meses da cidade de Anbar de Haditha.

Eles também cortaram suprimento das linhas entre os dois grandes centros do Iraque onde estão os jihadistas na cidade de Fallujah e Mosul.

“Esta foi uma operação do exército iraquiano e da força aérea iraquiana”, disse ele.

No entanto, a forte presença de milícias xiitas apoiadas pelo Irã no Iraque mostram que o exército ainda é dependente das forças irregulares, aquelas com as quais a coalizão liderada pelos Estados Unidos não vai cooperar.

“Nós somos à força de choque”, disse Hussein Mohammed Hassan, um miliciano do Irã ligado a Corporação Badr que é próximo do General Ghanimi. “Fazemos 70% dos combates”.

A crise econômica, também é culpa da corrupção do governo, que fez reviver as fortunas do mais famoso clérigo político xiita do Iraque, Moqtada Al-Sadr, cujo Exército Mahdi foi uma vez o flagelo das forças britânicas e americanas que agora leva os apoiadores para atos anti-governo.

As milícias xiitas foram mais contundentes. Ahmed Al-Asadi, seu principal porta-voz e Primeiro Ministro, disse que o relatório dos exércitos aliados nas tribos sunitas, dizia que mesmo com o apoio aéreo proposto pelos americanos tornaria difícil a retomada dos territórios invadidos.

“Eles retomaram Ramadi, mas ao custo de 80% da cidade destruída”, disse ele. “Quanto ao resto, não há forças o suficientes capazes de libertá-las. Se houvesse nós não estaríamos tendo esse problema.”

Nota do editor do blog: A ocasião mencionada, em que as Forças Armadas do Iraque receberam críticas é concernente a uma campanha ridícula em maio do ano passado, em que as forças do país abandonaram tanques e armas, fugindo a pé do Estado Islâmico. A luta contar o terror proposta por Bush em 2001 não surtiu efeito prático, se levarmos em conta que o terrorismo tem uma origem comum, e chama-se Alcorão. Grupos tais como, o Talibã ou a Al-Qaeda, dificilmente serão extintos, pois a cultura dessas regiões em conflito é que é o problema.

A Rússia a pouco anunciou que vai retirar suas forças da Síria, num momento em que Assad continua acuado e perante um acordo em Genebra. A Turquia pretende fazer parte da União Europeia, mas é o principal refúgio de terroristas, e também é desaprovado pela maioria dos europeus. Enquanto isso a Grã-Bretanha se prepara para deixar a União Europeia, o que muitos analistas têm tido como uma ação que trará consequências formidáveis para a política de Bruxelas. Formidáveis ou terríveis.

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