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12 de mar. de 2016

Mísseis antiaéreos de Gaddafi estão caindo nas mãos dos jihadistas.




The Independent, 11 de março de 2016 (Graças a Jihad Watch Por Robert Spencer).



No interior do Saara, na ensolarada cidade líbia de Sabha, um grupo desorganizado de homens armados concorda em mostrar a Timothy Michetti suas armas mais valiosas. 

O senhor Mitchetti, um investigador experiente de uma empresa com sede em Londres que controla as fontes de armas de pequeno porte em zonas de conflito, viajou até lá com um palpite. Ele pensou que, os combatentes locais, podem ter alguns dos mísseis antiaéreos portáteis que desapareceram quando os rebeldes derrubaram o ditador líbio Muammar Gaddafi em 2011. 


No calor sufocante, os atiradores revelaram um pequeno arsenal: quatro mísseis de fabricação russa AS-7 e dois modelos posteriores da variedade AS-16. Os mísseis guiados por calor são capazes de derrubar um avião civil. 

Os combatentes não tinham estoques de lançadores de mísseis, o que tornava inutilizável, mas isso não deixa de ser preocupante.Centenas, talvez milhares de lanças mísseis portáteis líbios continuem desaparecidos, dizem as autoridades americanas e da ONU; alguns provavelmente caíram nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico, dizem fontes de inteligência dos Estados Unidos. Eles acrescentam que, como o Estado Islâmico continua explorando a guerra civil de quatro anos da Líbia entre duas principais facções rivais, o grupo provavelmente usa essas armas para ampliar sua posição estratégica na Líbia para incluir os campos de petróleo do país. Há alguma evidência de que o grupo já conseguiu. 

Nenhum avião com passageiros foi abatido por mísseis líbios roubados, conhecidos pelo jargão militar “MANPADS” ou sistemas de defesa aéreas portáteis, mas a probabilidade de que o Estado Islâmico agora tem essas armas na Líbia significa que o grupo, ou um de seus filiados podem muito bem estar equipados para atacar aviões civis na África ou na Europa, dizem as autoridades dos Estados Unidos. “Esses mísseis portáteis são fáceis de contrabandear”, diz um alto funcionário do Departamento de Estado que lidera uma equipe especial dada a tarefa de garantir a proteção dos mísseis líbios. “Tudo o que precisamos é por um fim nisso.”

Apesar dos perigos que esses mísseis líbios representam, a administração Obama tem efetivamente parado de tentar localizar e destruir eles, dizem os funcionários de Estado. A principal razão é que é muito perigoso ir procurá-los na Líbia. 

Não estão claros quantos mísseis continuam desaparecidos. De acordo com ambas as autoridades americanas e da ONU, Gaddafi acumulou cerca de 20.000 MANPADS portáteis durante suas quatro décadas no poder. No entanto, os funcionários salientam que o desgaste, e má manutenção mais a campanha de bombardeios da OTAN durante a revolução de 2011 reduziu o número, durante o período em que o ditador foi derrubado. 


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