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16 de mar. de 2016

Erdogan: definição de terrorista deve incluir jornalistas






Speisa, 16/03/2016.




O Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou que a definição dum terrorista deve ser alterada para incluir os seus “defensores” – tais como os parlamentares (curdos de oposição), ativistas civis e jornalistas, informa o jornal Independent. Isso aconteceu depois que três acadêmicos foram presos, sob a acusação de propaganda terrorista, depois de lerem publicamente uma declaração que reiterou uma convocação para acabar com as operações de segurança no sudeste da Turquia, uma área predominantemente curda.
 Erdogan disse que os acadêmicos irão pagar um preço por sua “traição”. Um cidadão britânico também foi detido na terça-feira, apesar de só ter emitido mandatos de prisão, depois que eles foram encontrados com panfletos, impressos pelo Partido Democrático Popular ligado aos curdos (HDP). “Não é apenas para pessoas que puxam o gatilho, mas aqueles que fizeram o impensável também devem ser definidos como terroristas, independentemente de seu título (cargo profissão)”, disse o Presidente Erdogan na segunda-feira, acrescentando que isto poderia incluir um jornalista ou deputado, ou ativista civil.

Seus comentários foram feitos um dia depois dum atentado suicida na capital do país, em Ancara, que matou pelo menos 34 pessoas e feriu outras 125 quando um carro-bomba foi explodido perto da principal praça no bairro de Kizilay. O Presidente Erdogan proferiu ameaças vindouras para o Supremo Tribunal da Turquia, depois que o órgão decidiu que prender dois jornalistas preventivamente era uma violação dos seus direitos à liberdade de expressão.


Nota do editor 

Erdogan é o futuro Presidente duma Turquia membro da União Europeia, embora Merkel diga que a adesão do país não está na agenda, porém, sem descartar as negociações nesse sentido. A Turquia, indubitavelmente, dá guarida para grupos terroristas, e é a porta de entrada de “refugiados” para dentro da Europa. Atualmente, muitos países membros têm contestado a cogitação dos turcos para fazer parte da organização, principalmente da parte dos países do leste. O Reino Unido pode deixar a União Europeia, e se eventualmente a Turquia entrar, o êxodo de países da organização será inevitável. Porém, para Bruxelas é melhor regar os cofres de Erdogan, enquanto ele garante a estabilidade do sonho europeu, do Superestado, da superburocracia de Bruxelas, e dos Estados Unidos da Europa.

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