EuroNews, 19 de junho de 2016.
Apesar das declarações de sexta feira do primeiro ministro iraquiano a anunciar a libertação de Fallujah do domínio do Daesh, “os tiroteios, bombas suicidas e ataques de morteiros continuam“
A operação para recuperar Falluja foi lançada no final de maio e contou com as forças iraquianas aliadas ao apoio aéreo da coligação liderada pelos Estados Unidos.
Fallujah fica a sessenta quilómetros de Bagdade e foi a primeira cidade a ser tomada pelo Daesh, em 2014.
Saad Harbeja,do exército iraquiano, declara: “Temos de proteger as vidas dos nossos soldados, é melhor ser cuidadoso. Falluja esteve sob domínio do Daesh nos últimos dois anos e meio, mais um dou dois dias não vão mudar nada.”
Irak: 30.000 civils déplacés de Fallouja en trois jours https://t.co/EFg9hf1tlk pic.twitter.com/z5RA0j0dxm— Europe 1 (@Europe1) 19 de junho de 2016
Mais de 82 mil civis já deixaram Fallujah em busca de segurança e, segundo as Nações Unidas, desde a retoma da cidade, há mais 25 mil a tentar sair.
Uma criança que conseguiu escapar de Fallujah diz: “A milícia do Estado Islâmico prometeu-nos comida, mas não havia. Quisemos fugir, mas não deixaram. Não há gás, gasolina, as escolas estão fechadas. O que havia era artilharia, aviões da força aérea e tanques.”
'Isil hanged me by pair of handcuffs for a month to try to break me', escapee says. My dispatch from Makhmour Iraq https://t.co/fcnk2FVeVs— Josie Ensor (@Josiensor) 19 de junho de 2016
Mas se Fallujah está quase liberta, a 300 quilómetros a norte, em Makhmour, mais de 3 mil pessoas fugiram ao terror do Estado Islâmico na cidade até alcançar a segurança da linha da frente Peshmerga nos últimos dias.
O Daesh tenta infiltrar-se com os refugiados, pelo que os controlos securitários são rígidos da parte das forças Peshmerga.