20 de jun. de 2022

Colômbia – o pavimento globalista para a vitória do comunista Gustavo Petro: Havana e Washington




Gustavo Petro, ex-membro do grupo terrorista M19 de inclinação maoista, ganhou as eleições nesta data contra o fisiologista, Rodolfo Hernández. Hernández que contra todas as projeções conseguiu ir para o segundo turno com o ex-guerrilheiro, admitiu a derrota e pediu união do povo colombiano. Agora Petro se prepara para assumir o cargo no mês de agosto. 



O senador e ex-guerrilheiro venceu Rodolfo Hernández no segundo turno, em 19 de junho.

Com 99,74% das assembleias de voto informadas, o candidato de esquerda conseguiu 11.270.944 votos, enquanto o seu adversário político obteve 10.549.290 votos (50-40). Uma margem apertada, que coloca o líder do Pacto Histórico como sucessor do presidente Iván Duque. Diante do resultado, Petro assumiria como chefe de Estado em 7 de agosto.

Vale lembrar que o presidente eleito tem longa carreira política e esteve na disputa eleitoral em 3 ocasiões.

Fonte: NTN24.

Boa parte da direita política latino-americana admite que isso é uma derrota para os movimentos pró-democracia no continente, e que fortalece a esquerda na região. Muitos apostavam suas fichas no fisiologista Hernández, pois viam nele não um ideal, mas o famoso “mau menor”, que poderia barrar as pretensões marxistas de Gustavo Petro, um líder de fato da esquerda colombiana, que tentou por várias vezes a eleição para presidente. Eu poderia voltar lá atrás e falar sobre a carreira de Petro, como ele e seu bando do M19, junto com o narcoterrorista, Pablo Escobar, bolaram a invasão do Palácio da Justiça colombiano em 6 de novembro de 1985, resultando em mortos e feridos. Mas isso é irrelevante, pois tudo sobre ele já está muito bem documentado, inclusive na grande mídia de massa. Petro é o representante do Foro de São Paulo na presidência colombiana, e isso é inegável. Você não precisa estudá-lo desde sua juventude para saber o que isso significa, pois nós sabemos na prática o que é ser governado pelo Foro. 

Como Petro subiu ao poder? A culpa é da própria direita colombiana? Mas quem é a direita colombiana? Quem eram os candidatos da direita? Quem são os representantes dos movimentos políticos da direita? Fora um ou outro político colombiano eleito que apareceu no CPAC Brasil, para defender a candidatura de Hernández, eu pessoalmente não conheci muitos. O motivo é óbvio: não existe um movimento de direita organizado na Colômbia, com nomes e caras, porque o símbolo aglutinador da direita nunca liderou um movimento. No caso, o ex-presidente Álvaro Uribe, o rosto mais conhecido como da "direita" na Colômbia de  Gustavo Petro. Uribe tornou-se um símbolo da direita colombiana na virada do milênio, por seus embates com as FARC e seus apoiadores, dentro e fora da Colômbia, grupo guerrilheiro com quem ele se negava a negociar e anistiar. Anos de atentados terroristas, negociações por reféns, e tentativas de colocar os guerrilheiros na mesa de negociações fez com que o povo colombiano se cansasse, e visse uma atitude intransigente como mais que necessária. 

Foi assim que Uribe se tornou o símbolo da direita colombiana: um líder forte contra grupos guerrilheiros, porém, muito afeto a esquerda e aberto a ideia de programas assistencialistas e sociais. Uribe era um centrista que foi consagrado pelas aspirações do público a figura de direita, a líder forte, e um homem de coragem que luta contra o narcotráfico e o terrorismo. Uribe não lutava contra o Comunismo, o Socialismo; ele conseguia conviver com esses grupos, ele só atacava o “terrorismo”, assim como um procurador com pretensões políticas ataca a “corrupção”. Genericamente, ele atacava um espantalho, que no fim tornava a esquerda comunista e socialista isenta de culpa e viável. Para a mídia esquerdista colombiana, todo movimento de apoio as políticas de segurança de Uribe era direitista, e deram o nome a esses apoiadores de "uribistas", e o movimento de "Uribismo." Pois Uribe se tornou o símbolo da direita, mesmo sendo claramente representante do centro. 

O centro é tudo, e nada ao mesmo tempo, pois ele se adapta como um camaleão, mas no fim, sempre tem uma ideia definida daquilo que quer para a política. O centro tenta unir políticas populistas redistributivas com avanço econômico, de modo a manter tudo em dois níveis e alcançar seus objetivos. Quando um dos lados definidos vence, e as coisas vão mal, o centro aparece como a "terceira via" na qual o povo pode depositar suas esperanças e continuar com a velha dicotomia. Só que essa dicotomia está começando a cansar o público que está percebendo o truque, e logo os atores políticos terão de mudar sua tática, ou todo o sistema. O Centro Democrático de Álvaro Uribe obteve hegemonia política pelo seu discurso contra o terrorismo, e isso ajudou a fortalecer a esquerda, pois os colombianos nunca conseguiam ver a esquerda como um movimento coeso na luta armada, e na política. O resultado esperado foi que como movimento político, a esquerda se tornou uma força considerável, ao mesmo tempo em que diminuía sua representação nominal como grupo armado. 

A história do estado colombiano com acordos de paz com grupos terroristas é antiga, ela não começou com o ex-presidente Santos, ela é uma herança cultural na política colombiana – tanto a esquerda, quanto o centro herdaram bem ela e deram continuidade. O próprio Uribe defendia acordos de paz com o M19. No passado, a esquerda era vigiada por governos sérios, que viam no seu movimento o risco de subversão do estado, e sua condensação em um governo totalitário de partido único. A razão para se lançarem na luta armada era pela falta de estratégia de suas lideranças. Mas com novas táticas dos intelectuais marxistas, essa guerra híbrida em dois frontes obteve o sucesso, e levou a subversão a um novo nível. Enquanto nos anos 80 (e 90) Uribe era defensor dos processos de paz com grupos terroristas, cuja ideologia ele jamais atacou, nos anos 2000 passou a atacar esses grupos, mas a distanciá-los dos seus atos de terror por motivação ideológica. Juan Manuel Santos apenas fez aquilo que Uribe fazia nos anos 80, enquanto o próprio agia de maneira diferente daquela época, para que a guerra híbrida ficasse ainda mais consistente. 


Santos passou a ser visto como traidor pelos seguidores de Uribe, e parte da direita, que se identificava com o político de centro. Mas Santos sempre foi um grande estudante de Uribe, e sua afinidade com o Globalismo é consequência disso. Uribe nunca quis acabar com o narcotráfico na Colômbia, porque sem ele, a guerra híbrida não poderia continuar acontecendo. A guerra não era contra a esquerda, contra o terrorismo, ou o narcotráfico, mas contra o povo colombiano cristão (católico e protestante). Lembrem-se, que foi durante a Guerra Fria que a cultura de drogas e o Marxismo Cultural varreu a sociedade ocidental. Nos Estados Unidos, os festivais transformacionais regados a sexo e drogas ocorriam em pleno solo americano, e moldavam a juventude e a visão herdada de seus pais. Era muito fácil perceber como essas mudanças tinham uma origem comum, e tinham todos os traços de uma guerra psicológica e híbrida. Se as autoridades norte-americanas quisessem, teriam acabado com isso, mas foi o contrário: os próprios elementos do governo americano emplacavam a revolução através do uso de drogas, e muitos deles escreviam abertamente o seu desejo de levar isso adiante. 

Após conseguir ocupar o inexistente espaço do espectro da direita política, Uribe e seu Centro mantiveram a dicotomia de uma esquerda democrática desmobilizada, distante dos grupos radicais armados, cujo objetivo nunca era o Comunismo, mas a violência e o poder por razões mesquinhas. Quando Uribe lançou Juan Manuel Santos para sucedê-lo, ele já tinha sua estratégia em mente: permitiria que Santos impusesse os acordos de paz, com o apoio da Comunidade Internacional, de modo que os seus adversários não poderiam ser contra por razões ideológicas, e seguiriam afirmando os acordos, independente se se revezassem no poder. Santos subiu ao poder prometendo "Não mais FARC", mas uma vez no poder, os acordos com o grupo começaram a se desenvolver. Antes de sacramentar a parte final dos acordos, Santos propôs um referendo, no qual ele e as FARC perderam, mas mesmo assim passaram independente do sufrágio. Depois de ter ratificado os acordos à revelia do referendo de 2016, Santos se preparou para deixar a política, com os acordos (e anistias) já encaminhados para serem cumpridos via sanções legislativas (2016).  Santos, um globalista nato, passaria a tocha para o seu sucessor, alguém que cumpriria os acordos firmados com Havana, e com a elite globalista. Santos apoiou a candidatura de Iván Duque, e Álvaro Uribe, mentor de Santos, passou apoiá-lo publicamente. Santos e Duque sempre foram abertamente admiradores de George Soros, e o próprio Santos, após sua presidência foi trabalhar em uma agência dele




Eleições na Colômbia: Iván Duque parabeniza Gustavo Petro e anuncia encontro entre os dois

O presidente colombiano informou que se reunirá com Gustavo Petro, presidente eleito do país, nos próximos dias.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, parabenizou o esquerdista Gustavo Petro após ser eleito na votação do segundo turno, realizada neste domingo, 19 de junho.

“Liguei para @PetroGustavo para parabenizá-lo como presidente eleito dos colombianos. Combinamos de nos encontrar nos próximos dias para iniciar uma transição harmoniosa, institucional e transparente", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

Fonte: La República


Duque manteve os acordos com as FARC, apesar de se eleger prometendo revê-los. Todas as amarras judiciais foram feitas para que os acordos não fossem desfeitos, mas com honestidade e coragem, Duque poderia ter revogado todos os acordos, e trancafiado os membros das FARC. Ele não o fez, e manteve os acordos. Alguns membros das FARC foram posteriormente expurgados, para fim de uma aparência de legalidade institucional sob os acordos; mas tudo somente pró-forma, uma vez que as vítimas não receberam sua retribuição, e as FARC permaneceram no poder. Duque fez um governo pífio, onde permitiu que a esquerda sequestrasse de vez o meio estudantil universitário e as ruas. Os distúrbios de 2019 foram o ápice do terrorismo urbano promovido pela esquerda estudantil – o que foi apelidado pelo ditador Nicolás Maduro de “brisas bolivarianas”. Mas no caso da Colômbia, a janela foi aberta pelo ex-presidente Duque para que a brisa entrasse, pois ele deliberadamente fechou a Colômbia, encareceu a população com impostos, e permitiu que a violência urbana por motivação política tomasse conta das ruas. De 2019 (antes da Pandemia) a 2021 (auge), a Colômbia viu enormes distúrbios causados por grupos políticos, por centenas de motivos, muitos deles banais. O aumento da violência no pós-acordo com as FARC foi notório, e as capitais colombianas se tornaram mais e mais violentas. Com os "protestos", essa violência ganhou um novo patamar. 


Duque durante todo esse distúrbio fez de tudo para manter as coisas ruins, e quando possível, torná-las piores. Durante seu primeiro mandato, em vez de investir na segurança pública, e no direito a legitima defesa dos cidadãos – enquanto os criminosos e “dissidentes” das FARC atacavam os colombianos – ele promoveu uma política de desarmamento unilateral. O ex-presidente Santos foi responsável por promover essa política após ratificar os inconstitucionais e ilegais acordos com as FARC. Ao mesmo tempo em que os grupos guerrilheiros promoviam maiores atentados, e os grupos criminosos os seguiam, Duque manteve uma política de desarmamento, que facilitava a vida dos grupos armados em matar e pilhar os bens dos cidadãos. Com isso, a violência aumentou desproporcionalmente, e a imagem de Duque ficou cada vez mais desgastada. Aumento de impostos durante a pandemia, e a falta de políticas concretas para alavancar a economia tornavam-se pretextos para mais caos nas ruas. A resposta de Duque para seus próprios problemas era passividade, e o uso da força de forma imoderada. Petro a cada mês ganhava mais projeções positivas para as eleições, enquanto os outros candidatos apenas dividiam as migalhas entre si. Até o fim Iván Duque manteve a guerra híbrida contra a população colombiana, e a cereja no bolo desses terroristas (do centro a esquerda) foi a eleição de Gustavo Petro. 

Petro não ganhou porque os colombianos são estúpidos, ele ganhou, porque Álvaro Uribe é o mestre dos fantoches. Os acordos de paz passaram, porque Santos, discípulo de Uribe – do Uribe dos anos 80 –tinha o apoio da comunidade internacional, das Nações Unidas, e de várias figuras importantes dentro e fora da Colômbia, entre elas, George Soros e Barack Obama, o então presidente na época, que doou enormes somas de dinheiro para que isso acontecesse. Petro ganhou, porque pavimentaram o caminho para ele, anistiaram o M19, e deram legitimidade política a grupos terroristas, dos quais os membros mais tarde se tornariam referência no cenário político. Tudo graças a tradicional política de negociações do estado colombiano com terroristas revolucionários. Agora você sabe que Petro não ganhou sozinho, ele deve sua vitória a muitas pessoas. Agora Petro governará com as FARC já inseridas no poder, e negociações com novos grupos terroristas devem vir. Eles também devem se integrar a política e dividir o poder. Que Deus ajude a Colômbia. 

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