13 de mar. de 2022

Guerra russo-ucraniana - resumo: primeiro jornalista morto, mais prisões na Rússia, e situação de desespero em Mariupol

Imagem arquivo 7News



Euronews, 13/03/2022 



Jornalista norte-americano morto na Ucrânia 


O jornalista e realizador norte-americano Brent Renaud foi morto a tiro, segundo testemunhos, por militares russos num checkpoint nos arredores de Kiev, na Ucrânia. Renaud, jornalista premiado, trabalhou para o New York Times, mas não estava na Ucrânia em missão para o diário nova-iorquino. Era também autor de documentários e, quando foi morto, e estava em Irpin a recolher imagens de refugiados para um filme.

Segundo o colega que o acompanhava, Juan Arredondo, os dois homens estavam dentro de um carro quando as tropas abriram fogo. Renaud morreu com um tiro no pescoço e o corpo foi deixado na estrada.

A ONG Repórteres sem Fronteiras já pediu uma investigação para esclarecer as circunstâncias desta morte.

Arredondo foi igualmente baleado e transportado para um hospital na capital ucraniana. O motorista que transportava os dois jornalistas terá também ficado ferido.

Mais de 600 pessoas detidas nas manifestações na Rússia 

Na Rússia, onde as manifestações contra a invasão da Ucrânia têm sido reprimidas pela polícia, o grupo de defesa dos direitos humanos, OVD-Info, revela que foram detidas 668 pessoas este domingo.

As sondagens mostram que, em Moscovo, 60% dos residentes desaprovam o uso da força militar na Ucrânia, mas, nas zonas rurais, 70% das pessoas apoiam a decisão do presidente.

Os sociólogos independentes do Centro de sondagens Levada confirmam estas duas tendências e explicam-nas. O supervisor científico do Centro-Levada, Lev Gudkov diz: "Durante vários anos a população foi formada pela mais forte propaganda... Não têm outras fontes de informação além da televisão, por isso acreditam que a liderança russa fez a coisa certa. Aqueles que estão mais informados e recebem informações de várias fontes, estão horrorizados, envergonhados, em depressão".

Segundo a OVD-Info houve manifestações em 36 cidades russas e também detenções em todas elas, mas o número de pessoas que protestaram a nível nacional parecia ser muito inferior ao dos últimos grandes protestos de uma semana atrás, quando o OVD-Info listou mais de 5.000 pessoas que foram detidas.

Situação humanitária "desesperante" em Mariupol 

O Comité das Nações Unidas para os Direitos Humanos diz que a guerra movida pela Rússia contra a Ucrânia já fez perto de 600 mortos entre a população civil. Nas últimas horas, as forças russas fizeram ataques no oeste do país, nomeadamente com um ataque de mísseis contra uma base militar, mas a cidade mais martirizada está a ser Mariupol, cidade portuária no mar de Azov, no sudeste ucraniano.

A Cruz Vermelha diz que a situação na cidade é desesperante e centenas de milhares de pessoas enfrentam uma falta extrema de comida, água e medicamentos.

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Fonte:https://pt.euronews.com/tag/guerra-russia-ucrania

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