15 de abr. de 2019

Suíça – partidos democratas “cristãos” titubeiam após decisão do tribunal em favor de “casais” do mesmo sexo




SWI, 14 de abril de 2019 




Muitos políticos democratas cristãos não estão mais por trás da iniciativa de 2016 do seu partido sobre a isenção de impostos para casais casados porque eles consideram isso discriminatório para casais gays, de acordo com o jornal Sonntagszeitung

O jornal diz que a decisão histórica da corte nesta semana anulando o resultado de uma votação popular sobre essa iniciativa provocou um debate dentro do partido de centro sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A maioria de seus parlamentares agora rejeita o texto original da iniciativa, que define o casamento como uma relação de longo prazo e legalmente regulada entre um homem e uma mulher. 


A senadora democrata-cristã Brigitte Haberli disse ao jornal que essa visão do casamento está “desatualizada”, enquanto até o senador Peter Hegglin, da ala conservadora do partido, disse que “não é mais relevante” se o casamento consiste ser entre um homem e uma mulher. 

Se se trata de outra votação, muitos políticos do partido querem ter certeza que o texto da iniciativa mudou, escreve o artigo. 

A iniciativa “Para o casamento e a família – contra a penalidade do casamento” reduziria a carga tributária para os casais casados, que devem apresentar seus impostos conjuntamente e não individualmente. Isso pode significar uma conta de impostos mais alta do que eles teriam tido como um casal coabitante sem os anéis de casamento. 

Ela [a isenção] foi derrotada por 50,8% a 49,2% no início de 2016, depois que um comitê deu um enérgico “não”, argumentando que os termos da iniciativa representariam um obstáculo para casais do mesmo sexo que estão na esperança de amarrar-se algum dia. 

Mas a Suprema Corte anulou esta semana o resultado, determinando que o governo não forneceu informações corretas aos eleitores sobre a proposta. No ano passado, o governo admitiu a desinformação dizendo que o número de casais que seriam afetados foi erroneamente relatado. Em vez dos 80 mil casais casados e registrados que estavam em linha para se beneficiar da redução de impostos, foram 454 mil casais. 

Nota: o que a suprema corte da Suíça tem em mente é que o resultado favorável a isenção por pouco não venceu, e como não havia uma definição sobre "casais" do mesmo sexo nela, eles temiam que essa benesse não pudesse alcançar as minorias, em suma: a suprema corte por capricho anulou um referendo, porque ao seu ver, a isenção é boa de alguma forma, mas seria muito melhor se ela fizesse justiça social ao incluir as minorias, assim sendo, a decisão da suprema corte em anular uma votação democrática nada mais é do que forçar todos a ratificarem seus votos e compromissos com a agenda LGBT. Isso está acontecendo em um país de primeiro mundo, por meio de uma corte suprema. País supostamente democrático. Não importa se os votantes em si votaram sem antes pensar em suas simpatias pela causa LGBT, a suprema corte não tem o direito de anular o resultado ao seu bel-prazer. Isso se chama forçar uma agenda. Agora os suíços terão de votar novamente de forma antidemocrática.

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